Mais uma noite de Lisboa ao Palco com GNR e Cordel
A programação do Lisboa ao Palco ficou encarregue pelo guitarrista Diogo Clemente para um público limitado a 600 lugares.
[dropcap]D[/dropcap]e 11 de Setembro a 4 de Outubro, a Quinta da Alfarrobeira, em São Domingos de Benfica, Lisboa, acolhe 10 noites de música portuguesa, reunindo em 20 espectáculos nomes de renome e em ascensão da indústria musical nacional. O recinto terá capacidade reservada para cerca de 600 lugares sentados respeitando todas as regras de distância social, higiene e segurança estabelecidas pela Direcção-Geral da Saúde. Os bilhetes estão à venda pelo preço único de 15 €.
Lisboa ao Palco arrancou na passada sexta-feira com os concertos de Joana Espadinha e David Fonseca, e no domingo, 13 de setembro, foi a vez das bandas GNR e Cordel subirem ao palco da Quinta da Alfarrobeira.
A primeira banda a subir ao palco foi o grupo português Cordel, às 19h.
O Cordel já assinou composições de vários artistas como Ana Moura, Sara Tavares, António Zambujo ou Fogo Fogo. Num novo projecto onde interpretam as suas criações, navegando num mar de tradições com mergulhos nas raízes lusófonas, o Cordel define-se como um nivelamento entre duas margens, entre duas consciências consonantais, um prumo que o orienta num caminho que você não sabe para onde vai dar, mas também sem interesse. Interessantes são os passos que dão e a maneira como “nas margens” estão definindo suas travessas comuns.
Para eles, as cidades de Belo Horizonte e Porto situam-se no mesmo quarteirão, e as melodias que nascem com elas, o que gravam e mostram em público, são na verdade uma celebração do encontro, da presença.
O grupo, formado por João Ricardo Pires na guitarra e Edu Mundo na voz, estava acompanhado por Joel Silva na bateria e Francesco Valente no baixo, e o concerto começou com a música “Outono” do álbum Cordel Volume I de 2019 .
Deste disco ouvimos também “São João”, “Papel”, “Digo que devo continuar”, “Vira Feliz” e “Se Vieres Amanhã”.
Cordel lançou o primeiro single “Camélias e Camafeus” do Volume II, com lançamento previsto para setembro em Portugal e Espanha pela Warner Music Espanha, a canção já está disponível em todas as plataformas digitais acompanhada de um videoclip com a produção e edição de Vladimiro Leopoldo.
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Após uma breve pausa, foi a vez do icônico grupo português GNR subir ao palco.
O Grupo Novo Rock, mais conhecido por GNR, é uma banda de pop rock portuguesa, formada no Porto, em setembro de 1980, por Alexandre Soares, Vitor Rua e Tóli César Machado. Atualmente a banda é formada por Tóli César Machado na guitarra, teclado e acordeão, Jorge Romão no baixo e Rui Reininho na voz.
A sonoridade do GNR tem uma orientação largamente provocativa e pode ser classificada como pós-punk, com a entrada de Rui Reininho, ainda em 1981, a escrita das canções passou a conter humor e sarcasmo apurados, complementados por composições engenhosamente deslumbrantes, que passou a ser a imagem de marca da banda.
Posteriormente exploraram a música pop experimental e de vanguarda no seu primeiro álbum, “Independança”, de 1982, mas seguiram uma tendência maioritariamente pop-rock, fruto da maravilhosa e distinta criação musical do Tóli César Machado. Foi com o “Rock in Rio Douro”, de 1992, que atingiu o auge da carreira ao coleccionar quatro discos de platina e a proeza de ser a primeira banda portuguesa a realizar concertos que lotaram dois estádios de futebol – Estádio José Alvalade e Estádio das Antas.
Os temas mais reconhecidos da banda são “Portugal na CEE”, “Dunas”, “Efectivamente”, “Vídeo Maria”, “Sangue Oculto”, “Pronuncia do Norte”, entre outros, incluídos no habitual repertório de concertos. Em 2005 obtiveram o reconhecimento ao receberem a “Medalha de Mérito Cultural” das mãos do Presidente da República Jorge Sampaio e, em 2016, receberam a “Medalha de Honra SPA” da Sociedade Portuguesa de Autores.
A GNR comemorou, no ano passado, 35 anos de carreira, a banda continua até hoje a criar uma marca musical única somando recordes de vendas de discos e shows. No palco do festival Lisboa ao Palco, a banda portuguesa celebrou a sua carreira com temas que conhecemos bem de cor como “Quero Que Vá Tudo P’ró Inferno”, “Dunas”, “Cadeira Eléctrica”, “Mais Vale Nunca”, “Asas”, “Sub 16”, “Popless”, “Pronuncia do Norte”, “O Arranca-Coração”, “Video Maria” e “QUEM?”.
Acompanhando Tóli César Machado na guitarra, teclas e acordeão, Jorge Romão no baixo e Rui Reininho na voz, estiveram também no palco Rui Manuel da Maia no teclado e Samuel Palitos na bateria.
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De 11 de Setembro a 4 de Outubro, a Quinta da Alfarrobeira, em São Domingos de Benfica, Lisboa, acolhe 10 noites de música portuguesa, juntando em 20 espectáculos nomes consagrados e em ascensão. O recinto terá uma lotação reservada a cerca de 600 lugares, sentados, cumprindo todas as normas de distanciamento social, higiene e segurança enunciadas pela Direcção Geral de Saúde. Os bilhetes encontram-se à venda a partir de hoje, 3 de Setembro, pelo preço único de 15€, na Blueticket, locais habituais e no recinto, nos dias de espetáculo às 19h00 e aos Domingos às 17h30.
A Quinta da Alfarrobeira é um lugar emblemático. Quando João Frederico Ludovice projectou, construiu e habitou esta quinta, a partir de 1748, jamais imaginaria que, cerca de três séculos mais tarde, a mesma viria a transformar-se num espaço que pretende reunir e aproximar os cidadãos ao poder local, dando corpo a uma intervenção política, social e cultural muito mais direta e próxima das pessoas: aqui podem frequentar-se as aulas da Academia de São Domingos ou assistir a eventos culturais, como o Lisboa ao Palco, que marca a rentrée musical em Lisboa, dentro da normalidade possível neste período de pandemia, enquanto todos, artistas e público, aguardam pelo dia em que os espectáculos tornarão a funcionar na sua plenitude.
O ciclo Lisboa ao Palco é uma iniciativa da C.M. Lisboa e EGEAC, com o apoio da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, produzida pela Sons em Trânsito e Tejo Music Lab, com o objectivo de assinalar este regresso aos palcos bem como celebrar a riqueza e diversidade da música portuguesa. A programação ficou a cargo de Diogo Clemente.
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