A activista brasileira, não deixou pedra sobre pedra no Musicbox, como sempre atenta e concisa, lidera uma revolução musical, de costumes e ideias, numa noite onde ninguém ficou indiferente, tal como Bia queria.
Bia Ferreira, cantora, compositora, multi-instrumentista e activista brasileira voltou a LIsboa com um novo concerto, o seu primeiro concerto Rap, deixou a sua viola e uma certa doçura crua, com que conquistou o público que ela define como “MMP – Música de Mulher Preta”, onde aborda, feminismo, antirracismo e LGBTfobia, agora com um proposta mas dura, directa e talvez mais eficaz.
A cantora não se deixa levar por uma linha simpática, muito característica dos portugueses, e chama tudo pelos nomes, os seus temas abarcam temas como o povo pobre, preto e indígena, fome, desigualdade ou a violência policial, escravatura e colonialismo ou xenofobia e LGBTfobia, por vezes dói ouvir, mas faz bem, abre os horizontes e como se diz o que dói cura.
Guerrilha, resistência e revolução passaram pelo Musicbox, em Lisboa, onde Bia recordou alguns temas de do primeiro álbum, Igreja Lesbiteriana, mas apresentou também Faminta, sempre atenta conjuntura política e social, deixou um aviso, neste altura em que houve um viragem política em Portugal, algo porque passamos durante 4 anos, não podemos retroceder nas conquistas que difíceis e demoradas que foram conquistadas.
Um excelente concerto, que não só pela excelente música. Teve abrir Uma Africana, num DJ set para aquecer os fãs que encheram o Musicbox e que depois a acompanhou no concerto.
Veja aqui as fotos do concerto de Bia Ferreira no Musicbox
Siga-nos nas redes sociais como o Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e TikTok e veja os nossos conteúdos exclusivos.