O mais famoso musical, Cats, regressou a Portugal com espetáculos no Sagres Campo Pequeno em Lisboa, e dia 24 de Fevereiro, no Super Bock Arena do Porto, o musical que, com a obra de Andrew Lloyd Webber, continua a conquistar público por todo o mundo.
Cats estreou-se a 11 de Maio de 1981 no New London Theatre onde esteve em cena 21 anos, na Broadway o sucesso repetiu-se, o musical que conta com musica de Andrew Lloyd Webber, é sempre um fascinante e um fenómeno de longevidade, conquistando também as novas gerações.

Baseado na obra de TS Eliot “Old Possum’s Book of Practical Cats”, Cats é um musical sobre a vida de um grupo de gatos vadios os Jellicle, os seus amores, arrelias e tropelias, que se confronta com o regresso de Grizabella, a gata que teve a coragem de abandonar a família para conhecer o mundo mas que as saudades e o desfortúnio trazem de volta. Será que é a escolhida para viver uma nova vida?
O Daily Mirror escreveu sobre o musical “música intemporal, cenários espetaculares e um elenco soberbo”, a que se junta uma coreografia de cortar a respiração, um cenário mágico e claro o inesquecível “Memory”, que deixa todos rendidos, num espetáculo em inglês que contou com legendas e só pecou pela falta de écrans gigantes para que se pudesse não só ouvir, mas ver ao pormenor expressões, maquilhagem e todos os pequenos pormenores que uma sala do tamanho do Campo Pequeno só permite a quem esteve nas primeiras filas da plateia.

No final do espetáculo, foi permitido à imprensa a visita aos bastidores onde conhecemos alguns elementos da grande equipa, que faz acontecer este fantástico espetáculo.
Foi assim que Dane Quixall, director residente desta produção nos explicou, sucintamente, o que acontece por detrás de toda a magia.

Todo o cenário é feito de ‘lixo’ disposto estrategicamente pelo palco, refere Dane que ‘na sala de Londres o lixo está literalmente no meio do público, percorrendo os gatos os corredores e diversos túneis, podendo estes aparecerem de repente ao pé de qualquer espectador’.
Diz também o director residente que quando estreiam em outras salas, como o Sagres Campo Pequeno e noutras ao redor do Mundo, estão muito restringidos ao espaço da Sala, sendo que o responsável e a sua equipa têm apenas 3 horas para montar todo o cenário, de modo que este fique o mais parecido possível com o cenário original (onde a peça estreou).

Findo cada espectáculo, entra em cena toda uma equipa responsável por tratar de todos os fatos e perucas usadas, cada actor tem 2 fatos, cada um tem apenas uma cauda e por isso há um cuidado especial com todos os acessórios, com a maquiagem. A produção tem mais de 100 perucas, cada gato tem 3, tratadas e cosidas pêlo por pêlo por uma equipa fantástica que também trata da maquiagem, para que tudo saia perfeito.
As equipas de luz, som e manutenção de palco reiniciam todos os testes com os diversos instrumentos, monitores, elevadores, para que tudo esteja em ordem para a apresentação seguinte.

Uma das questões que colocamos a Nate Quixall foi o facto de sabermos que ‘Cats’ tem uma orquestra ao vivo, conduzida pelo maestro Peter McCarty, mas onde estava ela? Rindo Nate explicou que a orquestra estava escondida, separada dos gatos propositadamente, para que não se visse a altura entre gatos e humanos. Explicou também que a orquestra fica em qualquer espaço da sala, nos bastidores, numa sala de adereços, ou em lugares vazios dos balões das salas, etc.. Existe um director musical que controla a música com a entrada e saída de cena de todos os gatos, existem também monitores e colunas, tanto nos bastidores como no palco, para que o espectáculo não perca o seu ritmo. Diga-se que, sendo os bastidores um espaço muito apertado e escuro, é como gerir um controle de tráfego.

Cats é pela sua magia, pela sua música, pelos seus trajes e maquiagens um espectáculo a não perder.
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