O segundo dia do Festival de Almada, dia 5, começa, às 17h, no Salão das Carochas, em Almada Velha.
É a inauguração da primeira de duas exposições de Noé Sendas, o artista plástico, autor do cartaz do Festival deste ano: Volume 2: Mar Vertical. Mais tarde, às 19h, na Galeria do TMJB, é inaugurada a segunda exposição: Volume 1: Staged Bodies.
Entretanto, às 18h, na Esplanada da Escola D. António da Costa, temos o primeiro Colóquio na Esplanada que é com Ramon Fontserè, encenador de İQue salga Aristófanes!, moderado por José Alves Mendes. Às 20h, no Palco da Esplanada, há Música na Esplanada: Martín Sued e Gabriel Selvage, que com um bandónion argentino e uma viola brasileira vão animar o jantar no Festival. A entrada é gratuita.
Às 21h30 dois espectáculos no TMJB: Suécia, de Pedro Mexia, com encenação de Nuno Cardoso, para o Teatro Nacional de S. João, na Sala Principal; e a estreia de Calvário, com texto e encenação de Rodrigo Francisco, para a Companhia de Teatro de Almada, na Sala Experimental. Uma noite dedicada à dramaturgia portuguesa.
Um teatro público está a montar a mais célebre peça de Thomas Bernhard – Minetti –, mas o actor contratado para o papel do protagonista não foi uma primeira escolha, nem a segunda, nem a terceira. Acontece que a mitomania e pesporrência deste actor, uma ‘velha truta’, fazem dele uma espécie de duplo de Minetti, o intérprete shakespeareano criado por Bernhard, que espera debalde no hall de um hotel em Ostende pelo director de um teatro que lhe prometeu nada mais nada menos do que o papel de Lear. Dá-se o caso de que o encenador deste Minetti parece não ter grande interesse pela peça; os restantes actores do elenco não estão satisfeitos com os papéis que lhes foram distribuídos; o assistente pessoal do velho actor defende o seu “Mestre” empedernidamente; o assistente de encenação indigna-se com a “toxicidade” de determinadas tiradas do texto; e uma intérprete de língua gestual vai assistindo, perplexa, ao que ameaça vir a tornar-se num grande naufrágio colectivo. Ou num ‘calvário’, melhor dizendo, que é como os actores antigos chamavam às falas de que se esqueciam repetidamente nos ensaios – e não só.
Rodrigo Francisco é dramaturgo, encenador e director artístico da Companhia de Teatro de Almada e do Festival de Almada. Fez a sua formação teatral com Joaquim Benite, de quem foi assistente de encenação. Dirigiu várias peças para a CTA, sendo as mais recentes Um gajo nunca mais é a mesma coisa, cujo texto é também da sua autoria, e Além da dor, de Alexander Zeldin.
Calvário (Sala Experimental do Teatro Municipal Joaquim Benite, dias 5, 7, 11 e 15 às 21h30 e dias 8 e 16 às 19h)
- Texto e Encenação: Rodrigo Francisco
- Interpretação: Carlos Pereira, João Cabral, João Farraia, Luís Vicente, Pedro Walter, Teresa Mónica e Maria Velez Araújo (Estagiária da ESTC)
- Cenografia: Céline Demars
- Figurinos: Ana Paula Rocha
- Luz: Guilherme Frazão
- Língua: Português
- Duração: 1h30m
- Classificação: M/12
- Preço: 13€
Mais informações em ctalmada.pt
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