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Dá-me Vida marca um regresso de Chyna aos projectos a solo

O novo álbum do autor de Made In Chyna assinala um novo capítulo na discografia do rapper — com a introspecção, aqui, a falar (bem) mais alto.

Não é o seu primeiro disco em nome próprio, mas é inequivocamente o primeiro longa-duração na sua discografia. Depois de em 2017 se ter estreado com um primeiro álbum de estúdio (Made In Chyna) ao lado de Fumaxa, Chyna tem vindo a desenvolver o seu reportório à boleia de singles impactantes e EPs arrojados, até chegar agora a Dá-me Vida — um trabalho com uma desenvoltura de outra magnitude, com uma profundidade inédita na discografia do rapper da Linha de Sintra.

Criado entre Queluz, Massamá e Costa da Caparica, também o rap de Chyna se foi pautando por uma elasticidade notória, com denominador comum no arrojo das suas palavras. Frontal como poucos na hora de desabafar ao microfone, é porém noutro patamar que em Dá-me Vida o ouvimos cantar. Cantar, novamente, porque nem só de rap propriamente dito se faz este álbum de ambições maiores, que revela a força da fragilidade de quem se permite a abrir mão ao coração.

chyna foto vf
Chyna

De peito aberto do princípio ao fim, é num tom assumidamente introspectivo que Chyna volta a encarar a sua escrita brutalmente honesta. Desta vez bem mais compenetrado com as suas capacidades melódicas menos rígidas, explora e descobre um lado seu ainda mais musical do que aquele que já lhe conhecíamos — contrariando as mais expectáveis perspetivas do que viria a ser o sucessor de Chyna Town (2021).

Potenciado por um tridente de exímios produtores — são Fumaxa, Gemiiny e Tayob que se evidenciam na produção instrumental do disco —, Chyna mergulha a fundo na sua versão mais soulful, preterindo as métricas rigorosamente delineadas a favor de uma leveza de espírito ao longo de duas mãos cheias de novas canções. “FMX”, último single protagonizado a par do fiel parceiro Fumaxa, ainda nos levou a crer que o caminho seria bem mais prenunciável. Mas o lado A do duplo single “Nem Metade & Não me Confundam”, faixa inaugural do disco, já apontava noutra direção. “Dá-me Vida”, tema que sucede a essa primeira faixa — e que dá nome a todo o projeto —, desvela o princípio das boas surpresas que nos esperam alinhamento fora.

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