Diana Damrau estreia-se em Portugal na abertura do 55.º Festival de Sintra
A soprano Diana Damrau estreia-se em Portugal na abertura do 55.º Festival de Sintra, no dia 10 de junho, com um concerto no Centro Cultural Olga Cadaval.
A programação do festival, sob a direção artística da pianista Gabriela Canavilhas, foi hoje apresentada e aposta na celebração da vida e o reencontro da fruição da arte ao vivo, em Património e na Natureza, recordando que se passaram 25 anos sobre a classificação de Sintra como Paisagem Cultural Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
A cantora alemã foi distinguida com o Prémio “The Best Singer” no International Opera Awards, em 2014. Damrau e o baixo francês Nicolas Testé apresentam no Olga Cadaval, em Sintra, “Reis e Rainhas da Ópera”, acompanhados pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direção do maestro Pavel Baleff num programa que percorre várias figuras régias da ópera do século XIX.
O concerto será gravado, com apoio do Ministério da Cultura, com vista a uma edição discográfica em 2022, para celebrar o 200.º aniversário da primeira Constituição Portuguesa, aprovada a 23 de setembro de 1822.
No concerto participam Coro e Orquestra do Movimento Patrimonial pela Música Portuguesa (MPMP), sob a direção de Jan Wierzba, e os solistas Susana Gaspar (soprano), Cátia Moreso (meio-soprano), Marco Alves dos Santos (tenor), Juan Orozco, André Henriques e Nuno Dias (baixo).
A meio-soprano Anne Sofie von Otter apresenta um recital de canções europeias que refletem o seu ecletismo no dia 26 de junho, às 21:00, no Palácio de Queluz.
Também neste palácio, toca, no dia 15 de junho, às 21:00, o pianista polaco Piotr Anderszewski, que vai apresentar um programa que é “símbolo da sua irreverência”, revisitando o 2.º Livro do “Cravo bem temperado”, de J. S. Bach.
Outro destaque da programação é a atuação do quarteto vocal Barbara Furtuna que apresentará o canto da Córsega, um repertório baseado nas tradições sacras e profanas da ilha francesa no Mediterrâneo.
O quarteto atua no dia 19 na Igreja de Colares e no dia seguinte no Palácio da Vila, em Sintra, sempre às 21:00. O canto corso de que este grupo é depositário é Património Imaterial da Humanidade.
A dança faz também parte da programação, apresentando uma ponte entre o classicismo puro dos bailados do século XIX e as visões mais arrojadas dos coreógrafos contemporâneos, nos Jardins de Seteais, nos dias 26 e 27 de junho, às 19:00.