Músico britânico Douglas Dare estará de regresso esta sexta-feira a Portugal para o primeiro de quatro concertos
Chega de um concerto nos Países Baixos, depois de outros que o levaram à Alemanha, Suíça, Itália e França, em apenas nove dias. Neste regresso que passará por quatro cidades (Porto, Braga, Coimbra e Lisboa), o cantautor britânico Douglas Dare recupera em Portugal as plateias que a pandemia subtraiu aos planos de promoção do seu último álbum, Milkteeth (2020). Após a incursão lusitana, que começa no M.Ou.Co. (esta sexta-feira, às 21h30m) – o mais recente espaço cultural da cidade do Porto -, a música de Douglas Dare segue em tour para a Bélgica e o seu país natal.
Pop clássica minimalista, música de vanguarda… a dificuldade em catalogar a identidade artística de Douglas Dare conduz muitos a compará-lo até a nomes como Thom Yorke e James Blake. Seja como for, as sonoridades de Dare fluem amiúde entre linhas de piano, harpejos e letras que falam da inocência infantil, das vulnerabilidades próprias da juventude e de outras experiências simples da vida, com letras deliberadamente despojadas, mas bem familiares, desde a primeira escuta. Com frequência sob a cadência de baladas “para as novas gerações”, como alguns as veem.
As músicas são, a cada tema, “elegantemente temperamentais”, graças à voz assombrosa de Douglas Dare.
Cada vez mais confiante e confortável com a sua identidade, o artista criou neste último trabalho o seu LP mais íntimo, onde nos confessa, de uma forma minimal, todas as alegrias e tristezas. E por onde perpassou, inclusive, o contexto pandémico, que lhe aguçou o engenho para algumas das videografias de suporte a um ou outro tema…
A carreira de Douglas Dare é ainda relativamente curta, mas está em fase de ascensão. Contempla até alguns momentos bem especiais. Entre eles, a reinterpretação do tema “Dance Me To The End Of Love”, em 2017, após convite para a exposição sobre Leonard Cohen “A Crack In Everything”, no Contemporary Art Museum of Montréal. Sem esquecer o convite feito pelo músico e compositor Robert Smith (The Cure), para atuar no Meltdown Festival, no Southbank Centre, em 2018. E, ainda, em 2019, a atuação no Manchester International Festival, em conjunto com a Anna Calvi, a convite do realizador de cinema e compositor David Lynch.