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Empresas já podem produzir a sua energia em Portugal com “SmartGlow”
As empresas nacionais vão passar a conseguir produzir a sua energia neste país graças ao projeto “SmartGlow”, uma iniciativa inovadora e estratégica no setor das energias renováveis, que pretende desenvolver um sistema de alimentação de energia elétrica de base renovável, escalável, aplicado a diversas áreas, reduzindo os custos operacionais e a sua pegada de carbono, concluído em Barrancos, segundo anunciou hoje o dstgroup.
O SmartGlow resulta de um sistema de gestão de energia elétrica, baseado em micro-redes, que visa o aumento da capacidade de autoconsumo renovável, através do controlo otimizado de sistemas de armazenamento de energia baseado em baterias, bem como o controlo inteligente e integrado de cargas elétricas, nomeadamente em zonas remotas, explorando o conceito de micro-redes híbridas para o setor industrial.
O produto final considera, assim, o desenvolvimento integrado de soluções de elevada eficiência de conversão, bem como uma plataforma de monitorização e gestão de energia integrada com o controlo inteligente das cargas.
O projeto, cujo desenvolvimento decorreu ao longo dos últimos dois anos, atende a exigências técnicas avançadas e contribui para a sustentabilidade e a eficiência energética no setor industrial, enquanto demonstra a viabilidade de tecnologias de autoconsumo renovável em ambientes complexos e sensíveis.
Este desenvolvimento, que envolve telecomunicações, RFI, dark sky, SKA (Square Kilometre Array), fibra ótica, espaço, saúde, agricultura, entre outros ingredientes dstgroup, vai permitir a alimentação de cargas potencialmente sensíveis CA e CC – corrente alternada e corrente contínua, respetivamente – cuja interligação poderá ocorrer em zonas remotas.
O projeto ambiciona a demonstração da solução no contexto do piloto SKA-Low em Portugal, cuja operação constitui um desafio tecnológico, com grande componente de inovação nas Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica, e que apresenta requisitos exigentes de qualidade de onda e baixo ruído EMI (EletroMagnetic Interference), permitindo que a solução seja escalável e replicável noutros domínios, como a saúde, mais especificamente em imagiologia ou radiologia, ou a agricultura, entre outros.
Para o efeito, Barrancos é a localização ideal para a implementação do projeto, que irá simular as condições de implementação real do SKA a nível mundial, simulando todo o sistema de perscrutação do céu e consequente captação de dados celestiais.
“Este projeto destaca-se por uma série de fatores de diferenciação que o tornam único e inovador no campo do fornecimento de energia elétrica para micro-redes inteligentes no setor industrial. De entre vários fatores podemos mencionar a operação em estações de energia projetadas para funcionar de forma isolada da rede elétrica, criando as condições ideais em locais inóspitos onde o acesso à rede elétrica convencional é inviável”, conforme explica Raúl Cunha, diretor geral da dstsolar.
A qualidade da energia, a autonomia, a confiabilidade, a aplicabilidade global, a inovação e a tecnologia avançada fazem do projeto ´SmartGlow’ uma solução revolucionária e diferenciada no mercado, pronta para atender às crescentes procuras de energia em ambientes desafiadores, contribuindo para avanços científicos e tecnológicos globais.
Este projeto, que conta com o envolvimento de algumas empresas do dstgroup, nomeadamente, a dstsolar, a dstelecom e a innovationpoint, em parceria com o INESIS: INESC-TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência), o IP Beja (Instituto Politécnico de Beja) e o IT (Instituto de Telecomunicações), explora o conceito de micro-redes híbridas do setor industrial.
O Smartglow é composto por uma unidade de produção fotovoltaica, uma unidade de armazenamento, um inversor de nova geração (com controle digital e pegada de interferência reduzida, abrigo com mitigação de RFI adequada e acoplado a uma pequena estação SKA/LFAA até 16 ou 32 antenas), incorporando equipamentos de smartgrid.
De salientar ainda que, no âmbito do projeto, foi implementado um piloto, num dos extremos de exigência em termos de necessidade de consumo e interferência eletromagnética, criada pelos equipamentos de conversão de energia, baseados em eletrónica de potência associados às fontes de base renovável e armazenamento.