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Entrevista com Nuno Melo no dia em que apresenta Fora de Formato

15 de março pelas 21h30 no Teatro Constantino Nery, em Matosinhos

Nuno Melo apresenta, hoje, 15 de março pelas 21h30 no Teatro Constantino Nery, em Matosinhos o seu disco de estreia Fora de Formato e falou com a ineews.

Fala-nos um pouco sobre ti e o teu percurso até este momento?

Sou músico profissional desde que me lembro, ainda estudei Psicologia na faculdade e estava a gostar bastante do curso, porém, no primeiro contrato discográfico congelei a matrícula para nunca mais voltar.
Comecei a movimentar-me em bandas desde muito novo e desde sempre fui escrevendo canções, se lancei agora um disco é porque era exatamente agora que teria de acontecer.

Qual a emoção de ter finalmente este trabalho editado?

De facto, é algo que faz o corpo vibrar, que acentua a existência.
Há um pouco de alívio e um pouco de purga também, as canções já gritavam por luz, o que me ensurdecia.
Estou um pouco mais em paz, dentro do possível, claro.

Como foi o processo criativo?

Foi uma longa jornada, existem canções que se escrevem e gravam num dia, outras em que um dia serve apenas para acrescentar uma palavra apenas.
Grande parte foi gravado e misturado por mim no meu estúdio, com o Edu Mundo na co-producão.
Entre canções já escritas há imenso tempo e outras que iam surgindo, se edificou este disco.
Gravei também duas canções no Quico Serrano e três no Cláudio Tavares.

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Nuno Melo

Qual a mensagem que pretendes passar com este trabalho?

Parece-me que a linguagem do disco tem alguma clareza sobre o assunto que aborda, gosto de brincar com as palavras como por exemplo na “Brexit lá em Casa”, ou na “Línguas e Ralações Internacionais” e gosto de poder ir a um lugar mais fundo como por exemplo na “Quase Nada”.
Na verdade, o importante é comunicar, mais importante ainda se for de um lugar bem informado e com consciência, o que me parece ser o papel do artista.

Quais são as tuas influências musicais?

Sou bastante influenciado por aquela geração do Chico Buarque, Caetano, Vinícius, Jobim etc, é um mundo muito rico em melodia, harmonia e poesia.
Sou um Beatlemaníaco também, confesso.
Não tenho lá grandes fronteiras na música, ouço de tudo sem categorizações.

Se pudesses escolher qualquer cantor para fazer um dueto, com quem seria?

Há vários, porém, podemos já colocar o Chico Buarque.

Com que músico/s gostarias de trabalhar num próximo projecto e porquê?

Muito sinceramente gostaria de continuar a trabalhar com a banda que me acompanha, são todos músicos inacreditáveis, aliás, é impossível não deixar aqui um profundo agradecimento a todos os músicos que participaram neste álbum.

E depois de Matosinhos, onde podemos ver-te ao vivo, já tens concertos marcados?

Estarei no dia 2 de Abril em Coimbra, em formato acústico.
Depois disso mais concertos surgirão certamente.

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