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Festa do Jazz está de volta

dias 16, 17 e 18 de dezembro

Depois de anunciado o programa completo e esgotadas as edições especial de passes para a edição comemorativa dos 20 anos da Festa do Jazz, estão à venda os bilhetes para todos os concertos, na Ticketline e na bilheteira do CCB.

No que diz respeito ao cartaz, além dos já anunciados Salvador Sobral e de Trilok Gurtu, a Festa deste ano conta com um programa de luxo.

Descubra o melhor do jazz português, bem como debates e o Encontro Nacional de Escolas de Jazz. Este ano, o festival tem lugar em três locais icónicos de Belém, cada um único por si só: o CCB – Centro Cultural de Belém, arquitetonicamente deslumbrante, onde se realiza o programa principal de concertos, o Picadeiro do Antigo Museu dos Coches, que acolherá o Encontro Nacional de Escolas de Jazz, bem como dois concertos exclusivos, e a eclética livraria e espaço para eventos Ler Devagar no Lx Factory com Jam Sessions à noite. Para além de uma oferta musical diversa, a Festa do Jazz acolherá mais uma vez painéis de discussão sobre temas sociais relevantes.

Todos os concertos no CCB serão transmitidos ao vivo na RTP Palco e estarão disponíveis na plataforma digital durante um ano.

FESTA DO JAZZ 20 ANOS – POR CARLOS MARTINS (diretor artístico)

Compreender a Festa do Jazz (FdJ) é determinante para compreender o jazz nas últimas décadas em Portugal, nomeadamente nos últimos 20 anos. Por isso, fizemos um livro, editado em 2020 -única edição do género em Portugal- dos últimos 20 anos, sobre os universos, pessoais e colectivos, criados e/ou estimulados pela Festa.

Mas explicar tudo o que foi feito nos últimos 20 anos poderia ser, além de extenso, um exercício fútil discorrendo números e impactos que não serão nunca tão importantes como a visão qualitativa e simbólica dos inúmeros encontros e criações feitas pelos músicos portugueses de Jazz que são o centro da Festa. Foram estes músicos que iniciaram a internacionalização do Jazz que se faz em Portugal bem como os caminhos da pedagogia.

Por isso prefiro, enquanto diretor artístico, sublinhar algumas ideias e práticas essenciais à FdJ que são importantes para a comunidade de músicos que, entretanto, se consolidou em Portugal. A criação de comunidade e a sua sustentação, sublinhe-se, foi o nosso maior contributo, enquanto parceiro de uma rede, antes informal, de músicos, promotores, investigadores, jornalistas, professores, entre outros, abarcando um conjunto de vozes diversas, com diferentes experiências e papéis em diferentes contextos.

Neste prisma a Festa tem sido ao longo de 20 anos claramente o maior e mais completo observatório do jazz feito em Portugal criando momentos únicos de revelação de novos talentos e de novas propostas de músicos consagrados. É desde sempre o espaço aglutinador ao promover um encontro nacional anual, criando redes, formais e informais, apostando na criação, na improvisação, na pedagogia e na troca de saberes dos envolvidos, incluindo os jovens das escolas de jazz nacionais. Do Concurso Nacional de Escolas (de Jazz) têm saído, desde há 19 anos, a maioria dos grandes músicos actuais que por sua vez vêm iluminando os caminhos futuros da música improvisada feita em Portugal, e agora na Europa.

Por outro lado, e cumprindo a vocação da Festa, a programação reuniu e reúne as mais variadas tendências da música improvisada portuguesa, estando atenta aos aspectos inclusivos. Por isso, passados 20 anos e nesta edição que celebra este aniversário, a inclusão de mulheres no programa em quase 50% dos grupos programados é para nós indissociável da luta que todos temos de travar para chamar mais mulheres ao jazz português que ainda é muito machista, como o resto da sociedade. Não é por isso inocente a nossa vontade de continuar a estimular outros festivais a fazerem o mesmo. Deve ser dito que não se podem “inventar” mulheres no jazz quando não existem nas escolas, nos grupos e na comunidade. O caminho é longo e de difícil percurso devido a questões culturais que, neste e noutros temas como o colonialismo ou o racismo institucional, por exemplo, contribuem para uma maior periferia portuguesa na Europa, além da geográfica. Mas haveremos de conseguir.

Foi também para encurtar essa periferia, física, cultural e psicológica que a Sons da Lusofonia/Festa do Jazz tem trabalhado estrategicamente na Internacionalização do Jazz português. Para tal realizou em Lisboa em 2018, com a Europe Jazz Network, a Câmara Municipal de Lisboa e o Centro Cultural de Belém, a primeira conferência europeia de Jazz em Portugal (European Jazz Conference) em que finalmente os músicos de jazz portugueses foram apresentados à elite europeia de jazz, de forma cuidada e estratégica, que trouxemos a Lisboa. Por fazer parte da Rede Europeia de Jazz há mais de 10 anos, a Festa do Jazz reuniu a documentação necessária para criar recentemente, com vários parceiros nacionais, a primeira Rede Portuguesa de Jazz – Portugal Jazz – nome sob o qual foi programada a primeira embaixada de jazz levando, desta vez, as mais importantes entidades do Jazz nacional à maior feira mundial de jazz – Jazzahead! em Abril deste ano.

Embora de carácter nacional a FdJ continua estes caminhos promovendo o encontro de portugueses com músicos europeus, como fazemos nesta edição da Festa. Além de nacional, a Festa é um festival de Lisboa, cidade que o acolhe e projecta. Por isso queremos convidar os Lisboetas que tanto nos têm dado a vir viver connosco esta celebração dos 20 anos e por isso convidamos a cidade e os lisboetas no primeiro dia de concertos, dia 16 de Dezembro, no Grande Auditório do CCB, a estarem connosco.

A Festa do Jazz é, pelos confrontos e celebrações que fomenta, um lugar de verdadeira alegria. Nesta edição dos 20 anos as surpresas serão muitas e imperdíveis. Vejam o programa e venham fazer a Festa connosco.

PROGRAMAÇÃO

CENTRO CULTURAL DE BELÉM

Dia 16 de Dezembro: Grande Auditório 21h00

  • Convite à Cidade: 20 anos de Festa do Jazz
  • Trilok Gurtu, Yuri Daniel, João Paulo Esteves da Silva com Carlos Martins, João Frade e Mário Delgado
  • Trilok Gurtu, percussões
  • João Paulo Esteves da Silva, piano
  • Yuri Daniel, contrabaixo
  • Convidados:
  • Carlos Martins, saxofone
  • João Frade, acordeão
  • Mário Delgado, guitarra

Dia 17 de Dezembro – Pequeno Auditório 16h30

  • Nazaré da Silva Quinteto (PT)
  • Nazaré da Silva, voz
  • João Almeida, trompete
  • Bernardo Tinoco, saxofone
  • Zé Almeida, contrabaixo
  • João Pereira, bateria

17h30

  • Hugo Carvalhais “Ascetica” (PT/FR/LT)
  • Liudas Mockunas, saxofone tenor, sopranino e clarinete
  • Fábio Almeida, saxofone tenor e flauta
  • Fernando Rodrigues, órgão hammond e sintetizador
  • Gabriel Pinto, órgão hammond
  • Hugo Carvalhais, contrabaixo
  • Mário Costa, bateria

21h00

  • Salvador Sobral e Marco Mezquida (PT/ES)
  • Salvador Sobral, voz
  • Marco Mezquida, piano

22h00

  • Prémios RTP/Festa do Jazz 2022
  • com João Almeida e Carlos Martins

22h30

  • Lantana (PT/PL/SE)
  • Maria Radich, voz
  • Anna Piosik, trompete
  • Helena Espvall, violoncelo
  • Joana Guerra, violoncelo
  • Maria do Mar, violino
  • Carla Santana, electrónica

Dia 18 de Dezembro – Pequeno Auditório 16h30

  • JAZZOPA (PT/ESP/BR)
  • Cádi, rapper
  • Noiatt, rapper
  • May, rapper
  • Mateja Dolsak, saxofone
  • Mariana Trindade, trompete
  • Tom Maciel, piano e teclado
  • Zé Almeida, baixo elétrico
  • Miguel Fernández, bateria

17h30

  • Joana Raquel e Miguel Meirinhos “Ninhos” (PT/ARG)
  • Joana Raquel, voz, letras e composição
  • Miguel Meirinhos, piano e composição
  • Demian Cabaud, contrabaixo
  • João Cardita, bateria

21h00

  • Perselí (PT/STC/MX)
  • Fuensanta Méndez, voz e contrabaixo
  • Alistair Payne, trompete
  • José Soares, alto saxofone

22h00

  • Prémios Lurdes Júdice – Encontro Nacional de Escolas

22h30

  • Marques/Cabaud Quarteto (ARG/PT/USA)
  • Gonçalo Marques, trompete
  • Bram de Looze, piano
  • Demian Cabaud, contrabaixo
  • Jeff Williams, bateria

PICADEIRO DO ANTIGO MUSEU DOS COCHES

Dia 17 de Dezembro 15h00

  • Debate “Cultura e Cidadania: Improvisação é Inclusão”
  • c/ Andreia Monteiro, Dougie Knight, e Joana Machado
  • Programação gratuita.

16h00

  • Encontro Nacional de Escolas
  • Programação gratuita.

 

  • Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira – Eng. Luiz Peter Clode
  • Vitor Fernandes, saxofone alto
  • Beatriz Dória, piano
  • Emanuel Inácio, contrabaixo
  • Afonso Teles, bateria
  • Professor: Francisco Andrade

 

  • Escola de Jazz Luiz Villas-Boas – Hot Clube de Portugal
  • Ana Silva, flauta
  • Henrique Pinto, trompete
  • Mariia Soeiru, piano
  • Miguel Jorge, baixo
  • Raul Areias, bateria
  • Professor: Gonçalo Marques

 

  • JAM – Jazz Academy of Music
  • Beatriz Duarte, flauta
  • David Rodrigues, trompete
  • Francisco Van Epps, guitarra
  • Lourenço Lúcio – guitarra
  • Vítor Carvalho, baixo eléctrico
  • Nuno Jorge, bateria
  • Professor: Nuno Ferreira

 

  • ART’J – Escola Profissional de Artes Performativas da JOBRA
  • Ana Santiago, voz
  • Joshua Souza, saxofone
  • Rúben Rosa, trompete
  • Bernardo Barreira, guitarra
  • Afonso Figueiredo, baixo elétrico
  • Elijah Saxton, bateria
  • Professor: João Freitas

 

  • Universidade Lusíada de Lisboa
  • Sofia Costa, voz
  • Diogo Flosa, guitarra
  • Pedro Lopes, piano
  • Pedro Matos, baixo
  • Gonçalo Albino, bateria
  • Professor: Nuno Costa

 

19h00

  • DLW (GER/DEN)
  • Christopher Dell, vibrafone
  • Jonas Westergaard, baixo
  • Christian Lillinger, bateria
  • Programação paga.

Dia 18 de Dezembro 15h00

  • Debate “O Som de Lisboa: territórios acústicos e cidade”
  • c/ Pedro Campos Costa, Carlos Santos e Carlos Martins
  • Programação gratuita.

 

  • 16h00 – Encontro Nacional de Escolas
  • Programação gratuita.

 

  • Escola de Jazz do Barreiro
  • David Fernandes, voz
  • Lúcia Bartolomeu, voz e teclado
  • Paulo Lopes, saxofone
  • Cláudia Gonçalves, piano
  • Jorge Vasconcelos, baixo
  • Tiago Monteiro, bateria
  • Professor: José Soares

 

  • Escola Básica e Secundária da Bemposta
  • Salomão Boechat, saxofone Alto
  • Isaac Krasmann, guitarra
  • Samuel Miranda, baixo
  • André Rocha, baixo
  • Pedro Ramos, bateria
  • Professor: Vitor Guerreiro

 

  • Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra
  • Pedro Martins, vibrafone
  • Vicente Pechorro, piano
  • Santos, guitarra
  • Tiago Fernandes, baixo
  • Íris Valente, bateria
  • Professora: Andreia Santos

 

  • Escola Superior de Música de Lisboa
  • Julia Rassek, voz
  • Maria Fonseca, trompete
  • Álvaro Pinto, saxofone alto
  • Henrique Oliveira, saxofone tenor
  • José Manuel Cavaco, piano
  • Bruno Ponte, guitarra
  • Juliana Mendonça, contrabaixo
  • Maria Carvalho, bateria
  • Professor: Nelson Cascais

 

  • ESMAE
  • Afonso Silva, saxofone
  • Pedro Sequeira, vibrafone
  • José Martin Geyer, piano
  • Josias Ribeiro, guitarra
  • Xavier Nunes, contrabaixo
  • Pedro Latães, bateria

 

19h00

  • HERSE
  • Sofia Sá, voz
  • Clara Lacerda, piano
  • Raquel Reis, violoncelo
  • Programação paga

LIVRARIA LER DEVAGAR

Programação gratuita.

Dia 17 de Dezembro 23h00 – 01h30

  • Tom Maciel convida Thiago Alves e João Sousa + Jam Session
  • Tom Maciel, piano
  • Thiago Alves, contrabaixo
  • João Sousa, bateria

Dia 18 de Dezembro 23h00 – 01h30

  • Thiago Alves convida Júlia Perminova e André Sousa Machado + Jam Session
  • Julia Perminova, piano
  • Thiago Alves, contrabaixo
  • André Sousa Machado, bateria

SOBRE A FESTA DO JAZZ

A Festa do Jazz é o maior festival português de jazz feito por portugueses, que se realiza há 20 anos sem interrupções, reunindo diferentes públicos, críticos, promotores, músicos profissionais e estudantes de jazz de todo o país.

A Festa do Jazz é desde sempre o espaço aglutinador que promove um encontro nacional anual, para criar redes, formais e informais, e que promove a criação, a improvisação, a pedagogia, a troca de saberes dos envolvidos, incluindo os jovens das escolas. A Festa do Jazz é o observatório do jazz português e um momento único de revelação de novos talentos e de novas propostas de músicos consagrados.

A Festa do Jazz é, e tem sido ao longo dos anos, também um momento único de apresentação de novos talentos e novas propostas de músicos consagrados. Estes dois factores asseguram e exigem que a Festa do Jazz seja uma iniciativa de âmbito nacional, com promoção e divulgação prévia, repercussão ao momento e posterior em inúmeros media.

A Festa do Jazz apresenta uma programação maioritariamente em português, em todas as suas vertentes:

– Abordagem Profissional: o cartaz conta, desde o início, com os maiores nomes do Jazz nacional e alguns dos maiores do Jazz internacional;

– Abordagem Profissionalizante: a criação do concurso nacional de Escolas, único no mundo, como abordagem ao futuro do jazz nacional e a criação de condições de sustentabilidade

– Formação: residências artísticas e masterclasses com convidados de renome internacional

– Criação de redes formais e informais, nacionais e internacionais: membro da European Jazz Network, a Associação Sons da Lusofonia promove actualmente o projecto Portugal em Jazz (www.portugalemjazz.pt)

– Enquadramento permanente das questões de género e de cidadania e a criação de redes formais e informais que sirvam como construção de comunidades assentes em bons indivíduos.

Ficha Técnica

  • Organização: Associação Sons da Lusofonia
  • Direcção Artística: Carlos Martins
  • Programação: Carlos Martins com Pedro Melo Alves
  • Coordenação Geral: Inês Lobo
  • Direcção Técnica: Luís Delgado
  • Produção: Luís Hilário, Catarina Fernandes
  • Assistente Produção: Lia Mei
  • Design: Travassos
  • Assessoria de Imprensa: João Pinho (Press Link)
  • Mecenas: Doris Matz
  • Patrocínio: Santa Casa da Misericórdia
  • Parceiros: Centro Cultural de Belém, RTP Palco, Museu Nacional dos Coches, Livraria Ler Devagar
  • Apoio: República Portuguesa, Câmara Municipal de Lisboa, Turismo de Lisboa, Junta de Freguesia de Belém, Hotel Jerónimos 8, Gerador
  • Media Partner: Antena 2, Público, RTP2
  • TRANSMITIDO ONLINE ATRAVÉS DA RTP PALCO
    Gravado e transmitido no Grande Auditório e Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém (CCB)

SOBRE A ASSOCIAÇÃO SONS DA LUSOFONIA – ASL

A Associação Sons da Lusofonia promove intervenções abrangentes que aliam a intervenção social e a educação global à música e à interação entre comunidades, pessoas e artes.

A ASL é uma Associação cultural sem fins lucrativos criada em 1996. Desde a sua fundação que um dos grandes objetivos da ASL é o de contribuir para a cooperação entre países geo-culturalmente diversos, promovendo o desenvolvimento de uma identidade baseada nas tradições, comuns ou não, orientadas para o futuro – criando uma plataforma de comunicação entre gerações e grupos com hábitos e heranças culturais diferentes.

Contribui assim para uma intervenção social e artística atenta às mudanças e estruturada na criatividade social. A ASL tem feito um trabalho de importância incontornável em prol da cultura portuguesa e da diversidade cultural e humana, ao longo de quase 27 anos, e a importância deste trabalho é reconhecida pelos agentes culturais, os vários públicos e pelos agentes institucionais nacionais e internacionais.

Confirme sempre junto da sala de espetáculos ou promotor as condições de acesso, confirmação da data ou horário, local de venda dos bilhetes, preço e disponibilidade.

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