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Festival de Música Estoril Lisboa começa dia 25 e homenageia as vítimas da pandemia

O 47.º Festival de Música Estoril Lisboa começa no próximo dia 25, homenageia as vítimas e os que combateram a pandemia, conta com estreias dos compositores Nuno Côrte-Real e Tiago Derriça, e prolonga-se até 18 de dezembro.

[dropcap]O[/dropcap] festival, sob a direção artística de José Piñeiro Nagy, evoca nesta edição várias efemérides: o quinto centenário da morte do Rei Manuel I e da viagem de circum-navegação, por Fernão de Magalhães, ao serviço da coroa espanhola, os 75 anos da morte do compositor espanhol Manuel de Falla (1846-1946) e o 95.º aniversário da estreia do seu Concerto para Cravo, composto para Wanda Landowska, estreado em 05 de novembro de 1926, em Barcelona.

O festival conta com as estreias do “Magnificat”, encomendado ao compositor Nuno Côrte-Real, dedicado a Manuel I (1469-1521), e de uma obra baseada no “Auto da Alma”, de Gil Vicente, encomendada a Tiago Derriça.

Da programação consta ainda o “Requiem pelo Venturoso”, que tem a sua estreia prevista para 26 de novembro, na igreja do Mosteiro dos Jerónimos pelo ensemble Polyphonos, acompanhado por um conjunto instrumental, sob a direção do maestro José Pedro Bruto da Costa, e por Sérgio Silva, em órgão.

O “Magnificat Manuelino”, de Nuno Côrte-Real, estreia-se no dia 16 de dezembro, na igreja de S. Domingos, pela Orquestra Metropolitana de Lisboa e o Officium Ensemble, sob a direção do compositor.

O festival abre no próximo dia 25, às 21:00, com uma “Homenagem às vítimas e aos que lutam contra a pandemia”, pelo Ensemble Darcos, sob a direção do maestro Nuno Côrte-Real, com os solistas Cátia Moreso (meio-soprano) e Marco Alves dos Santos (tenor), na igreja de S. Roque, em Lisboa.

O festival, este ano, decorre num variado conjunto de cenários, da igreja de traça barroca de S. Roque ao Teatro de S. Carlos, passando pela igreja de S. Domingos e pela Sé Patriarcal, a igreja de S. Vicente de Fora, o Convento dos Cardais e o auditório da Escola Secundária Camões, em Lisboa, assim como pelo Hotel Palácio, no Estoril, e as Casas do Gandarinha-Centro Cultural de Cascais.

O primeiro concerto do festival, em julho, no dia 03, é pela Orquestra Gulbenkian, dirigida pelo maestro Pedro Neves, e o programa é constituído pel'”As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz”, de Joseph Haydn.

No dia seguinte, no S. Carlos, toca a Orquestra Sinfónica Portuguesa sob a direção da sua maestrina titular, Joana Carneiro, com um “programa a anunciar”.

No dia 08 de julho, o Coro Gulbenkian, sob a direção do maestro Jorge Matta, apresenta a primeira audição moderna do “Magnificat Octavi Toni”, de Lopes Morago, num concerto na igreja de S. Domingos, intitulado “A grande viagem de D. Manuel I: luz eterna”, no qual acontecerá a estreia nacional de “Lux aeterna”, de Edward Elgar.

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