Festival de Teatro do Seixal regressa de 14 a 24 de novembro com programação inclusiva
41.ª edição volta a apostar num formato descentralizado, passando pelas várias freguesias do concelho
A programação do Festival de Teatro do Seixal 2024, que decorre de 14 a 24 de novembro, de forma descentralizada nas várias freguesias do concelho, incidirá em questões como a conquista de direitos e liberdades após a revolução de Abril, a defesa de direitos humanos fundamentais e o exercício pleno da cidadania, num ano em que se assinala o 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.
Na sua 41.ª edição, este grande evento cultural privilegia projetos de autores contemporâneos e artistas emergentes e traz ao Seixal algumas das melhores companhias da região e do país. Haverá três espetáculos com audiodescrição e tradução em língua gestual portuguesa, sendo que para dois destes a Câmara Municipal do Seixal disponibilizará autocarro para pessoas cegas entre a Estação do Fogueteiro e o Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal. Outro dos destaques será a realização de uma Oficina de Criação Teatral, dirigida ao público escolar.
A 41.ª edição do Festival de Teatro do Seixal está de regresso com um programa de espetáculos inteiramente gratuito. Este ano serão apresentadas oito peças, que abordam temas atuais, textos de grande relevo e as melhores dramaturgias, assinadas por companhias de grande projeção nacional, que inclui a Animateatro, companhia de teatro do concelho do Seixal.
Paulo Silva, presidente da Câmara Municipal do Seixal, refere que «esta descentralização e gratuitidade significam uma aposta clara na democratização do acesso à cultura, enquanto condição que aprimora a nossa vida em comunidade, nos faz questionar acerca de quem somos e nos aproxima dos outros. O conjunto de espetáculos em cartaz propõe ainda contribuir para uma reflexão sobre a democracia num mundo em constante evolução – marcado por desafios ambientais, económicos, sociais e culturais – e o papel que esta desempenha enquanto garante de igualdade, de representação e de inclusão.»
A programação do 41.º Festival de Teatro do Seixal promove o debate de ideias e a capacidade crítica do público relativamente a temas relevantes da atualidade; privilegia projetos interventivos que promovam a cidadania, a consciência social, a construção identitária e a interculturalidade, de autores contemporâneos e de artistas emergentes. No ano em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril debatem-se questões como a conquista de direitos e liberdades após a revolução, a defesa de direitos humanos fundamentais e o exercício pleno da cidadania.
Programa:
- 14 de novembro, 5.ª feira, 21.30 horas
«Urgência Climática», por Hotel Europa
Local: Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal
Sinopse: «Urgência Climática» é uma peça de teatro que está na ordem do dia e assenta na ideia quase unânime entre os cientistas de que as mudanças climáticas são as principais causas de um elevado número de desastres naturais.
Acessibilidade: Língua Gestual Portuguesa e Audiodescrição.
Transporte em autocarro para pessoas cegas
Para este espetáculo, a Câmara Municipal do Seixal irá disponibilizar transporte em autocarro para pessoas cegas, entre a estação de comboios do Fogueteiro e o Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal. - 15 de novembro, 6.ª feira, 21.30 horas
«Candeia Acesa», por Animateatro
Local: Fábrica da Pólvora de Vale de Milhaços
Sinopse: Uma homenagem ao fado, ao destino, como motor de renovação. Revelando a discrepância entre o rural e o citadino, entre o literato e o iliterato, entre o sonho e a realidade, propomos um encontro furtivo a um local que se promete livre, ainda ensombrado pela opressão de um mundo que se tolhia pelo totalitarismo. Espreitamos, à luz de candeias, três vontades, ávidas de mudança. Vontades que se faziam sentir num pré-25 de Abril… - 16 de novembro, sábado, 16 horas
«No Meu Bairro», pela Sociedade das Primas – Associação Cultural
Local: Espaço Teatro da Terra – Centro de Criação Artística
Sinopse: «No Meu Bairro» é uma ode à diversidade e ao respeito pela individualidade. O espetáculo é uma criação para a infância e adaptação teatral do livro homónimo da escritora Lúcia Vicente. «No Meu Bairro» junta literatura, música e teatro para contar a história de várias crianças que dialogam e se interrogam sobre representatividade e diversidade de género, familiar e étnica, assim como assuntos transversais como deficiência, feminismo e bullying. Um espetáculo que tem a ambição de provocar a reflexão não só das crianças, mas também dos pais e educadores que as acompanham, dando-lhes as ferramentas necessárias para abordar temas fraturantes da sociedade. - 17 de novembro, domingo, 16 horas
«Democracia Portátil», por José Leite
Local: Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal
Sinopse: «Ele: Está em nós. Dentro de nós. Enraizada nos nossos valores. É portátil. Anda connosco para todo o lado. É uma força interior que carregamos connosco em todas as circunstâncias. É belo imaginar a democracia dentro de nós, não é?
Ela: Democracia portátil. É isso mesmo. Não podemos exigir só a democracia no mundo exterior, mas cultivá-la dentro de nós e defendê-la. Temos de cultivar o nosso jardim interior. Quanto mais conhecermos a linha do tempo, mais capazes somos de proteger aquilo que valorizamos.»
Acessibilidade: Língua Gestual Portuguesa e Audiodescrição. - 21 de novembro, 5.ª feira, 15 e 21 horas
«Magdalena», por Teatro Bravo
Local: Escola Secundária de Amora
Sinopse: Dois atores partem de mochila às costas e percorrem lugares periféricos de Portugal. Na sua caminhada, encontram fragmentos de lugares votados ao esquecimento. Cruzam-se com as gentes desses lugares e acumulam na sua mochila as suas vozes nunca ouvidas, as suas histórias esquecidas e a força individual que constrói o país.
15 horas: Reservado aos alunos da Escola Secundária de Amora.
21 horas: Público em geral, mediante reserva prévia. - 22 de novembro, 6.ª feira, 21.30 horas
«1984», por Artistas Unidos
Local: Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal
Sinopse: «O grande irmão está sempre a observar-te.» Este aviso rege o futuro assustador e distópico do clássico de George Orwell, 1984, adaptado para o palco por Robert Icke e Duncan Macmillan. O partido totalitário proíbe o individualismo, a independência e o pensamento livre, distorcendo o passado à sua vontade e controlando os cidadãos com medo e violência. No coração deste mundo sombrio, Winston Smith ousa sonhar com um mundo livre do Big Brother. Por meio de pequenos atos de desafio – começar um diário, apaixonar-se – um homem solitário consegue defender a verdade, a liberdade e a esperança para as gerações vindouras. - 23 de novembro, sábado, 21.30 horas
«Trash», por teatroàfaca
Local: Auditório Municipal de Miratejo
Sinopse: «Trash» é o retrato de um jovem escritor preso em casa durante a pandemia de covid-19. Sem trabalho, sem dinheiro, sem vida social e sem perspetivas de melhoria, a sucessão de acontecimentos e circunstâncias transportam o jovem numa espiral de rápida degeneração da sua saúde mental, até comparar a sua própria existência com lixo. Vê-se, assim obrigado a encontrar formas alternativas de lidar com a vida e de se sentir presente. - 24 de novembro, domingo, 17 horas
«O Tamanho das Coisas», por Terra Amarela
Local: Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal
Sinopse: «O Tamanho das Coisas» investiga a vida de um homem que está continuamente a mudar de dimensão; ora a crescer até se tornar um gigante a sapatear por entre cidades liliputianas, ora a encolher até uma escala microscópica, quando a menor racha no chão passa a ser um abismo intransponível. Ou será o mundo ao seu redor que está a mudar?
Acessibilidade: Língua Gestual Portuguesa e Audiodescrição.
Transporte em autocarro para pessoas cegas
Para este espetáculo, a Câmara Municipal do Seixal irá disponibilizar transporte em autocarro para pessoas cegas, entre a estação de comboios do Fogueteiro e o Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal.
Atividade Complementar – Oficinas de Criação Teatral
- «Como desenhar um território?», por Marco Paiva (Terra Amarela).
Marco Paiva é licenciado em Teatro – Formação de Atores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema, e fundou, em 2018, a Terra Amarela – Plataforma de Criação Artística Inclusiva, que desenvolve o seu trabalho em torno da cultura acessível e das práticas artísticas inclusivas.
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