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João Mota é homenageado no Palco Grande

Festival de Almada

Sábado, dia 8, às 15h, na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, tem lugar o Encontro da Cerca deste ano com o tema A criação e a inteligência artificial. A moderação do Encontro é da jornalista Karla Pequenino que conta com os jornalistas, investigadores e criadores: Ana Isabel Guerra, Miriam Seoane Santos, Paulo Dimas, Paulo Querido, Carlos Pimenta, Manuel Halpern, Rodrigo Gomes e Rui Penha.

Também às 15h, o Cine-Teatro da Academia Almadense apresenta a peça estreada dia 7 de Julho no Festival de Almada: Ventos do apocalipse. Às 18h, a Incrível Almadense apresenta Jogging, da libanesa Hanane Hajj Ali. Às 19h, o Teatro Municipal Joaquim Benite apresenta a mais recente criação da CTA, também estreada no Festival: Calvário, com texto e encenação de Rodrigo Francisco. Às 20h30, no Palco da Esplanada, o primeiro dos dois concertos gratuitos de hoje: Daniel Bernardes & Manuel Teles. Às 22h, no Palco Grande, João Mota é homenageado, seguindo-se o espectáculo encenado por ele para a Comuna – Teatro de Pesquisa: Não andes nua pela casa!, de Georges Feydeau. A fechar a noite, às 23h30, mais um concerto gratuito no Palco da Esplanada, com O Gajo.

A Comuna está de regresso ao Festival, com uma agitada comédia daquele que é considerado o ‘rei do teatro de vaudeville’: o dramaturgo francês Georges Feydeau (1862-1921). Não andes nua pela casa! deixa-nos a breve trecho sem ponta de fôlego, graças à atenção necessária para não perdermos pitada das peripécias e do frenesim que se sucedem em cena. O deputado Ventroux está em pé-de-guerra com a sua mulher, Clarisse, uma vez que a senhora não é pura e simplesmente capaz de largar o (mau) hábito de passear- se por casa em trajes menores. Pois eis que hoje mesmo este ambicioso deputado se prepara para receber em sua casa o Presidente da Câmara (e influente industrial) Sr. Hochepaix, que poderá franquear-lhe as portas da ascensão política. Porém, o seu próprio mordomo e um impertinente repórter do Le figaro acabam por causar uma verdadeira catástrofe doméstica. Para agravar a situação, uma vespa aparece também lá por casa.

O encenador João Mota, homenageado este ano em Almada, alerta-nos para o facto de que “Feydeau é um precursor do surrealismo e do absurdo. Neste texto, a figura da esposa apresenta-se como uma lutadora pela emancipação da mulher. Se, à partida, esta personagem chamada Clarisse parece tonta, na verdade ela ‘de tonta não tem nada’: denuncia o marido e seduz o político seu rival, mesmo nas suas barbas. Por mais que o Sr. Ventroux insista para que se vista, ela acaba por andar sempre em camisa de noite pela casa.
Chega mesmo a dizer que, se recebesse a família real inglesa, punha ‘apenas um roupão por cima’, revelando uma posição crítica relativamente à sociedade burguesa, e ‘à maneira errada’ como vive”.

Não Andes Nua Pela Casa! (Palco Grande da Escola D. António da Costa, dia 8 às 22h)

  • Tradução: Luís Vasco
  • Intérpretes: Hugo Franco, Maria Ana Filipe, Rogério Vale, Luís Garcia e Miguel Sermão
  • Espaço cénico: João Mota
  • Desenho de Luz: Paulo Graça
  • Execução do figurino: Clarisse Ventroux e Mestra Rosário Balbi
  • Figurinos: Carlos Paulo, Coreografia do tango e Samanta Garcia
  • Língua: Português
  • Duração: 1h20m
  • Classificação: M/12
  • Preço: 17€

Confirme sempre junto da sala de espetáculos ou promotor as condições de acesso, confirmação da data ou horário, local de venda dos bilhetes, preço e disponibilidade.

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