Chegámos ao fim do Festival Lisboa ao Palco que terminou com os concertos de Pedro Abrunhosa e Elisa Rodrigues, na Quinta da Alfarrobeira
[dropcap]D[/dropcap]e 11 de Setembro a 4 de Outubro, a Quinta da Alfarrobeira, em São Domingos de Benfica, Lisboa, acolhe 10 noites de música portuguesa, reunindo em 20 espectáculos nomes de renome e em ascensão da indústria musical nacional. O recinto terá capacidade reservada para cerca de 600 lugares sentados respeitando todas as regras de distância social, higiene e segurança estabelecidas pela Direcção-Geral da Saúde. Os bilhetes estão à venda pelo preço único de 15 €.
Lisboa ao Palco arrancou a 11 de Setembro com os concertos de Joana Espadinha e David Fonseca, e desde então muitos grandes nomes subiram ao palco da Quinta da Alfarrobeira, como António Zambujo, Buba Espinho, GNR, Cordel, Moonspell, Murais, HMB, Matay, Carolina Deslandes, Maro e Miroca Paris.
No passado domingo foi o último dia do Lisboa ao Palco com Elisa Rodrigues e Pedro Abrunhosa.
Elisa Rodrigues tem uma grande paixão pela música, em especial pelo jazz, tendo iniciado os seus estudos musicais em 1994 quando se juntou ao Coro Pequenos Cantores do Estoril, participando em inúmeros concertos e festivais nacionais e internacionais.
Gravou seu primeiro trabalho em 2011 ao lado de Júlio Resende, intitulado Heart Mouth Dialogues, um inocente disco de jazz que mudou sua vida, e desde então trabalha como cantora e compositora. Em 2018 lança o seu primeiro álbum a solo “As Blue As Red“, produzido por Luísa Sobral e onde é letrista e compositora da maioria dos temas.
Elisa Rodrigues distingue-se de todas as outras cantoras pelo tom de voz e porque se entrega, de corpo e alma, a cada tema que interpreta, mesmo os que não lhe pertencem, brincando com a palavra e fazendo sentir quem a ouve noutra dimensão.
O concerto em palco do Lisboa ao Palco teve como foco não só Elisa mas também o guitarrista Feodor Bivol com canções que os dois artistas já tocaram juntos, como “In And Around You”, “Little Heart” com composição de Joana Espadinha, “Você Não Sabe o que é o Amor”, “Tabu Mais Doce”, “Vai Não Vai”, “Só Deus Sabe” com a convidada especial Irma, “Não Voltes Mais” música que ela cantou no Festival da Canção 2020, e “Just Start a Fire” que fará parte de seu próximo álbum.
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Compositor, autor, produtor, editor, poeta, músico, Pedro Abrunhosa tem uma longa carreira e ainda não parou, formou bandas, tocou em orquestras, saiu em digressões pelo mundo, fundou as escolas de Jazz e do Som Máquina.
Publicou “Viagens” em 1994, dando origem a um fenómeno inédito em Portugal, que hoje conta com um total de sete discos de originais, todos escritos e compostos por ele, “Viagens”, “Tempo”, “Silêncio”, “Momento” , “Luz”, “Longe”, “Contramão” e “Espiritual”, os três últimos acompanhados pelo grupo Comité Caviar.
Pedro Abrunhosa também conta com inúmeras parcerias internacionais e Caetano Veloso, Maria Bethânia, Maceo Parker, Lenine, Lila Downs, Lucinda Williams, Ney Matogrosso, Nelly Furtado, entre tantos outros, já interpretam as canções da autora.
Com uma carreira sólida baseada no sucesso, Pedro Abrunhosa acumulou discos de platina e inúmeros prêmios, como três Globos de Ouro, Prêmio Bordallo Press, quatro Prêmios Blitz e a Medalha de Ouro do Mérito Cultural da Autarquia de Gaia, também é dono da o estúdio de gravação BoomStudios, onde produziu as suas duas últimas obras discográficas e onde são actualmente produzidas obras de alguns dos maiores nomes nacionais e internacionais.
O concerto do Pedro no Lisboa ao Palco começou com um minuto de silêncio por todas as pessoas que morreram durante esta pandemia e como um sinal de força e esperança para todos nós.
A cantora possui um vasto leque de canções que todos conhecemos e, acompanhada pelo grupo Comité Caviar e um coro composto pelas fantásticas Patrícia Antunes e Patrícia Silveira, cantou canções como “Tempestade”, “Momento”, “Balada da Gisberta”, dedicada a Gisberta, uma mulher transexual assassinada no Porto em 2006, “Não Vás Embora Hoje” que cantou com Elisa Rodrigues, “Fazer O Que Ainda Não Foi Feito” e “Não Desistas de Mim”.
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De 11 de Setembro a 4 de Outubro, a Quinta da Alfarrobeira, em São Domingos de Benfica, Lisboa, acolhe 10 noites de música portuguesa, juntando em 20 espectáculos nomes consagrados e em ascensão. O recinto terá uma lotação reservada a cerca de 600 lugares, sentados, cumprindo todas as normas de distanciamento social, higiene e segurança enunciadas pela Direcção Geral de Saúde. Os bilhetes encontram-se à venda a partir de hoje, 3 de Setembro, pelo preço único de 15€, na Blueticket, locais habituais e no recinto, nos dias de espetáculo às 19h00 e aos Domingos às 17h30.
A Quinta da Alfarrobeira é um lugar emblemático. Quando João Frederico Ludovice projectou, construiu e habitou esta quinta, a partir de 1748, jamais imaginaria que, cerca de três séculos mais tarde, a mesma viria a transformar-se num espaço que pretende reunir e aproximar os cidadãos ao poder local, dando corpo a uma intervenção política, social e cultural muito mais direta e próxima das pessoas: aqui podem frequentar-se as aulas da Academia de São Domingos ou assistir a eventos culturais, como o Lisboa ao Palco, que marca a rentrée musical em Lisboa, dentro da normalidade possível neste período de pandemia, enquanto todos, artistas e público, aguardam pelo dia em que os espectáculos tornarão a funcionar na sua plenitude.
O ciclo Lisboa ao Palco é uma iniciativa da C.M. Lisboa e EGEAC, com o apoio da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, produzida pela Sons em Trânsito e Tejo Music Lab, com o objectivo de assinalar este regresso aos palcos bem como celebrar a riqueza e diversidade da música portuguesa. A programação ficou a cargo de Diogo Clemente.
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