Maranã estreia-se hoje ao vivo em Portugal com espetáculo já esgotado
Em cena até ao próximo domingo, 18 de maio, nas Carpintarias de São Lázaro
A sessão de estreia de MARAÑA, esta noite nas Carpintarias de São Lázaro, encontra-se esgotada. Os bilhetes para as restantes sessões, entre os dias 16 e 18 de maio, desta performance que entretece tradição e experimentalismo, estão disponíveis na plataforma de experiências imersivas FEVER.
Criado e encenado por Paula Riquelme, MARAÑA cruza circo contemporâneo, dança, marionetas, teatro físico e música ao vivo, transformando os corpos dos intérpretes em tapeçarias vivas, onde os fios ganham vida, como um organismo.
Criado e pensado por mulheres, MARAÑA junta uma equipa criativa que vai da direção artística de Riquelme à co-produção de Majda Amroun da Haize, passando pelas cinco artistas em palco, até às DJs Kotoe e Anya, que animam a festa no penúltimo dia.
A cenografia de MARAÑA é meticulosamente tecida à mão por Paula Riquelme, também conhecida como Lapaulari – coreógrafa aérea, diretora de artes circenses e artista têxtil chilena com mais de 20 anos de experiência. As suas texturas em movimento transformam-se em tapeçarias vivas e luminosas, fundindo-se com as cinco performers numa coreografia de interdependência, onde tudo funciona como um só organismo. “Precisamos de criar um tipo de magia através da beleza, que as pessoas não consigam descrever com palavras”, afirma Riquelme. Nascida no Chile e atualmente a viver em Berlim, Riquelme tem vindo a destacar-se pela abordagem multidisciplinar e profundamente emocional com que constrói as suas obras. Em colaboração com o centro artístico Haize.Art, tem sido a força criativa por detrás de diversos projetos apresentados nos últimos meses. A sua obra é comparada à de artistas como Joana Vasconcelos, Chiharu Shiota ou El Anatsui, embora mantenha uma voz própria – íntima, simbólica e profundamente humana.
Para celebrar a estreia de MARAÑA em Portugal, continua patente até ao dia 22 de junho, na galeria Haize, no Marvila 8, a exposição SER ES, concebida em Lisboa e que nasce do encontro íntimo entre Paula Riquelme e a cidade – dos mercados vintage às sessões de tricot, dos bairros históricos aos gestos e saberes partilhados por quem vive e preserva a tradição têxtil portuguesa. A mostra apresenta oito esculturas têxteis criadas a partir de camisolas de lã recicladas, muitas delas doadas por amigos que associam cada peça a memórias de entes queridos.
MARAÑA – + Info
Carpintarias de São Lázaro, Lisboa
15 a 18 de maio
Bilhetes para as sessões de 16, 17 e 18 de maio disponíveis em Fever
15 de maio – Noite de Estreia – ESGOTADO
- 18h00 – Abertura do rooftop
- 18h30 – Sessão exclusiva para jornalistas, media e membros do American Club, com Paula Riquelme, que compartilhará o processo criativo por trás de ORGANISMO
- 20h00 – Performance
Sexta-feira, 16 de maio
- 18h00 – Primeira performance
- 21h30 – Segunda performance
Sábado, 17 de maio
- 17h00 – Primeira performance
- 21h00 – Segunda performance
- 22h30 – After-Party – Festa especial com as DJ’s Kotoe e Anya, até às 04h00
Domingo, 18 de maio
- 18h00 – Última performance
- Bar aberto 1 hora antes e depois de cada performance (exceto na noite de estreia, que será no rooftop)
SER ES – + Info
- Galeria Haize – Marvila 8, Lisboa
- 14 abril até 22 de junho
Sobre Paula Riquelme Orbenes
Paula Riquelme Orbenes, conhecida como Lapaulari, é uma coreógrafa aérea, diretora de artes circenses e artista têxtil chilena cujo trabalho revolucionou a interação com o espaço. Com mais de 20 anos de experiência, Paula destaca-se neste nicho pela sua habilidade única de transformar espaços e experiências através de cenários imersivos e performances circenses, que combinam dança aérea, escultura têxtil e arte visual. Devido a uma lesão que a afastou da carreira que seguia na altura, a artista imobilizada na cama, dedicou-se ao croché como forma de manter, pelo menos, as mãos em movimento. Foi então que começou a tecer uma parede – a coisa mais próxima que poderia construir e que, como ela, se elevaria no ar. Esse ato de resiliência tornou-se a base do Maraña, a sua contínua paixão por explorar o mundo têxtil, em paralelo com o movimento e o espaço.
Alguns dos seus trabalhos já foram apresentados em festivais internacionais, como o Chicago International Puppets Festival, Fusion (Alemanha), Theaterspektakel (Suíça), Kultura-Nova (Holanda) e no Pina Bausch Zentrum, onde causou um impacto significativo com a sua abordagem inovadora, pela criação de ambientes que transcendem o convencional. Em 2016, a sua visão criativa levou-a a ser contratada como diretora de coreografia aérea para a icónica cerimónia de abertura do Túnel de Base de Gotthard, dirigida por Volker Hesse, um dos muitos projetos internacionais que refletem a sua versatilidade e capacidade de tudo transformar numa peça artística memorável. Desde 2019 que Paula consolidou a sua residência na Alemanha, no Monopol Berlin, onde continua a desenvolver o seu projeto mais pessoal e ambicioso: Maraña. Esse trabalho, em constante evolução há oito anos, explora a relação entre o espaço físico e emocional e apresenta-se tanto em criações de arte, quanto em performances de grande escala, mantendo um diálogo contínuo entre criatividade, experiências e transformação do espaço.
Paula encontrou a sua verdadeira paixão no croché, e foi quando apresentou a sua primeira peça de parede, que em conversa com amigos próximos e com a sua filha, a menina lhe sugeriu “é mama araña”, ou seja, é a mãe aranha, pelo que encurtaram o nome para Maraña.
Sobre Majda Amroun, co-fundadora, diretora, produtora e escritora da Haize
Majda Amroun vive há quase 3 anos em Lisboa e é co-fundadora, diretora, produtora e escritora da Haize, uma empresa de produção artística com sede em Lisboa, que visa curar e criar experiências artísticas únicas. A Haize tem na sua génese a produção de discos, experiências imersivas e eventos de dança/festa, com uma galeria em Lisboa desde 2024, localizada no Marvila 8. Apaixonada por arte desde sempre, especialmente por performances ao vivo, estudou comunicação cultural no Quebec, trabalhando como PR e scout de moda posteriormente, entre outras funções, mantendo em paralelo a curadoria de eventos. A Haize nasce das experiências que viveu e dos contactos que estabeleceu. O objetivo de Majda é destacar o trabalho de artistas com uma identidade singular ou com um trabalho artístico mais arrojado na cena underground, não descurando artistas que tenham uma abordagem/mensagem mais sustentável.
Confirme sempre junto da sala de espetáculos ou promotor as condições de acesso, confirmação da data ou horário, local de venda dos bilhetes, preço e disponibilidade.
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