abril'23Eventos

Nem de faca, nem de alguidar: melodramas!

Nem de faca, nem de alguidar: melodramas!
Recital de Voz e Piano com Rita Blanco e Nuno Vieira de Almeida
CCB . 14 abril . sexta-feira . 19h00 . Sala Luís de Freitas Branco

Programa

  • Franz Schubert (1797-1828)
  • Despedida da terra (tradução de José Ribeiro da Fonte)
  • Richard Wagner (1813-1883)
  • Margarida na muralha (tradução de João Barrento)

Lição científica

  • Erik Satie (1866-1925)
  • Embrions dessechés
  • d’Holothurie
  • d’Edriophtalma
  • de Podophtalma
  • Franz Schubert (1797-1828)
  • Despedida da terra (tradução de José Ribeiro da Fonte)
  • Francis Poulenc (1899-1963)
  • A História de Babar – o pequeno elefante

De facto, não são nem de faca, nem de alguidar estes melodramas. São apenas obras para narração e piano apesar do título melodrama poder ser enganador.

As imagens de Poulenc com o seu fox-terrier, e ainda outros cães, são muito conhecidas. É sabido e notório o amor de grandes compositores e intérpretes pelos animais. Poulenc não está sozinho.

A História de Babar – o pequeno elefante é escrita para contar musicalmente o texto de Jean de Brunhoff aos seus jovens primos, cansados de o ouvir trabalhar o piano e a necessitarem de algo mais ilustrativo. Na altura (1940), o compositor improvisa segundo as situações narradas, mas dessa improvisação sairá uma das suas mais perfeitas obras. Depois de um tempo de maturação e escrita, Babar será estreado por Poulenc e o seu inseparável Pierre Bernac, em 1946.

Seja um elefante ou um cão, o amor pelos animais é perfeitamente refletido em A História de Babar – da animação frenética à mais doce melancolia (quem tem animais conhece bem estas duas facetas). E a música é de um compositor maduro no auge das suas potencialidades.

A partir daqui não foi difícil imaginar um roteiro que ilustrasse o mundo de sensações humanas povoado por animais e a Lição Científica sobre uma espécie de molusco marinho inventada pelo humor sardónico de Erik Satie foi uma escolha bastante lógica. Os três pequenos Embryons dessechés podem ser executados sem a narração, mas o texto explicativo de Satie no início de cada peça ganha muito em ser narrado assim como as heteróclitas e hilariantes indicações ao pianista. A Rita será a minha guia.

Wagner e a intensidade do texto de Goethe, que a música tão bem serve, acrescentam uma outra dimensão à nossa proposta e finalmente Schubert, Schubert tem de estar sempre connosco tal é a delicada melancolia do único melodrama que escreve para narração e piano. No início do programa pode gerar expectativa, no final será, espero eu, outra a sensação. O génio dos génios. – Nuno Vieira de Almeida

Confirme sempre junto da sala de espetáculos ou promotor as condições de acesso, confirmação da data ou horário, local de venda dos bilhetes, preço e disponibilidade.

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