“Estivemos a viver um tempo muito complicado de equilíbrios nos cancelamentos e adiamentos, procurando sempre honrar compromissos” recordou o presidente do Centro Cultural de Belém (CCB), Elísio Summavielle, na passada terça-feira, dia 21 de setembro, na conferência de imprensa para a apresentação da nova Temporada do centro cultural.
Num ambiente intimista e em formato pequeno-almoço, o CCB organizou, no Jardim das Oliveiras, a apresentação da Nova Temporada cultural com a presença de Elísio Summavielle, Presidente do Centro Cultural de Belém, Delfim Sardo, Administrador, e outros colaboradores do novo programa.
“Agora que parece haver, finalmente, uma corrente de ar que areja os dias e podemos voltar a juntar-nos, o Centro Cultural de Belém construiu um programa que cruza diferentes mundos e formas de os olhar e entender. Se a diversidade e o cruzamento têm vindo a constituir o centro da nossa programação, trata-se agora de fazer coexistir várias formas de gerar mundos culturais, pessoais, mobilizadores de grandes coletivos ou, pelo contrário, expressões íntimas de relações quase segredadas, mergulhos nas grandes tradições históricas ou saltos no desconhecido. Esta ambivalência entre história e prospeção e entre mundos culturais distintos traduz-se numa programação intensa nos espaços mais experimentais, na utilização do palco do Grande Auditório, bem como no início de um programa que contamina outros espaços do Centro Cultural de Belém“, Delfim Sardo.
É então criado o verbo “Mundar“, para nos abrirmos às diferentes formas de entender o mundo e a sua mudança e vê-lo nas expressões artísticas que são, elas mesmas, resultados das mais diversas mundividências.
O programa é diversificado e inclui exposições, cinema, espetáculos de dança, peças de teatro e concertos, entre outros. Os destaques começam com a exposição At Play: Arquitetura & Jogo, com curadoria de David Malaud, que será inaugurada já na próxima semana, dia 28 de setembro. No próximo ano está também prevista a exposição de arquitetura Rádio Antecâmara com a curadoria de Alessia Allegri e Pedro Campos Costa.
No campo da música os destaques vão para a Orquestra Metropolitana de Lisboa com o espetáculo “Pulcinella“, no inicio de outubro, o Festival Big Bang Lx21, a 22 e 23 outubro, que integra música antiga, música contemporânea, fado, sapateado, instalações surpreendentes e aventuras para todas as idades, Philip Glass com “Orphée“, em janeiro.
Delfim Sardo confirmou que o CCB irá continuar as parcerias com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfónica Portuguesa e a Orquestra de Câmara Portuguesa, com vários concertos e espetáculos.
No teatro temos a peça “La Scortecata” de Emma Dante, “O Duelo” de Carlos Pimenta, ambos em novembro. Ainda no teatro está previsto para o proximo ano a apresentação da peça “Kind” de Peeping Tom, “Info Maniaco” de André e. Teodósio, “inFausto” pela mala voadora, “Ensaio de Orquestra” de Tónan Quito, “Boom!” de Miguel Loureiro, e o espetáculo do Teatro Praga com a Metropolitana de Lisboa, com o Maestro Pedro Neves, que fundem o teatro e a música.
Na dança os destaques vão para a Companhia Paulo Ribeiro com “Segunda 2”, Dimitris Papaioannou com “Transverse Orientation”, Olga Roriz com “Insónia”, La Veronal com “Pasionaria”, Calara Andermatt com “Pantera”, e Crystal Pite e Jonathan Young / Kidd Pivot com “Revisor”.