“O Coreto” é o quinto álbum de Rogério Charraz, feito em parceria com José Fialho Gouveia, que assina todas as letras, e com Luísa Sobral, responsável pela produção musical.
O fio condutor que nos guia pelos vários temas é a história de amor de Sebastião e Ana. Ela sempre viveu na aldeia. Ele, nascido e feito homem nos arredores da grande cidade, decide tentar a sorte no interior do país.
Esmagado pelo caos do trânsito, pela precariedade dos empregos e pela voracidade do mercado imobiliário, faz as malas e parte para a vila natal dos pais com o desejo de encontrar outra qualidade de vida. É no momento em que Sebastião entra no comboio que começa “O Coreto”. Será que fez a escolha acertada? Que realidade irá encontrar? Quem serão as personagens que irá conhecer? A vida na aldeia é o pano de fundo do álbum, que lança um olhar crítico sobre a desertificação do interior do país. Nesse sentido é um disco de amor, mas também um disco de intervenção social e política. Com muito Portugal nas melodias, nas letras e nos arranjos.
Uma peça muito importante no processo de feitura do disco foram os três dias que Rogério Charraz, José Fialho Gouveia e Luísa Sobral passaram em Alpalhão e onde foi gravado o EPK. Esse retiro criativo serviu para ver de perto a vida numa aldeia do interior e para trabalhar uma a uma todas as canções e perceber o que cada tema pedia em termos de arranjos musicais.
Sara Cruz é a intérprete que, em dois dos temas, dá voz à personagem feminina do disco, a Ana. Natural dos Açores, a jovem cantora venceu no ano o prémio Novos Talentos NiT