Optraken no Palco Grande
Termina hoje O Sentido dos Mestres, formação dedicada ao tema geral Por detrás do espectáculo, ministrada por Franco Leara. O último tema desta formação parte de uma citação de William Burroughs: “There is no time without change in paradise…”.
O sentido dos Mestres decorre na Casa da Cerca – Centro de arte contenporânea, das 15h às 18h. Às 18h, na Esplanada da Escola D. António da Costa temos mais um Colóquio na Esplanada, desta vez com Noé João, encenador de Ventos do apocalipse. Às 18h30, no Centro Cultural de Belém começa a primeira sessão de Momo, haverá uma segunda sessão do espectáculo às 21h. Às 19h, o Teatro Municipal Joaquim Benite, apresenta pela última vez Minuit, da Yoann Bourgeois Art Company. Às 20h30 há Música na Esplanada da Escola D. António da Costa com os Flamenc4et, a banda de Diego EL Gavi. Às 22h, no Palco Grande é apresentado Optraken, pela companhia francesa Galactik Ensemble.
Cinco acrobatas driblam durante uma hora, sem nunca cair, todo o tipo de objectos e de obstáculos. Ao contrário da letra de uma canção da brasileira Elza Soares, eles não se chegam a levantar, porque nunca caem. Mas sim, estes ‘galácticos’ sacodem a poeira e dão a volta por cima, como na canção. Ninguém os derruba. Propõem-nos um tour de force circense. No entanto, o objectivo destes intérpretes é bem mais ambicioso: “A acrobacia não surge neste espectáculo apenas como uma forma de desafiar as leis da gravidade, mas sim como uma tentativa de, através da experimentação, enfrentar o imprevisível, naquele curto instante em que o controlo nos escapa; aquele momento em que nos esquivamos, evitando a queda e retomando o equilíbrio”.
Optraken, uma palavra que soa divertida, é o termo que designa um desvio das pernas numa pista de ski para evitar obstáculos. E também significa ‘saca-rolhas’, em norueguês, lembrando-nos de que afinal nos encontramos muito mais vezes numa situação de equilíbrio instável do que o que julgávamos. “A imagem de um mosaico é o que melhor define a anatomia do nosso projecto”, afirma este colectivo de acrobatas. “Adoptamos estruturas polifónicas. Não seguimos um argumento linear. Mal uma parede quase nos cai em cima, outra se ergue, permitindo-nos passar de uma cozinha para uma paisagem à beira-mar, e de uma floresta para o quarto de uma criança. Queremos acreditar que o tempo se expande, como uma folha de papel desdobrada infinitamente”.
Optraken (Palco Grande da Escola D. António da Costa, dia 14 às 22h)
- Interpretação: Mathieu Bleton, Mosi Espinoza, Jonas Julliand, Karim Messaoudi e Cyril Pernot
- Direcção de cena: Victor Fernandes
- Direcção de palco: Charles Rousseau
- Construção e criação de maquinaria: Franck Breuil
- Desenho de luz: Adèle Grépinet
- Operador de luz: Romain Caramalli
- Desenho de som e de música: Denis Mariotte
- Operador de som: Eric Sterenfeld
- Produção e distribuição: Léa Couqueberg
- Produção e administração: Emilie Leloup
- Duração: 1h00m
- Classificação: M/6
- Criação colectiva
- Galactik Ensemble (França)
- Apoio: Institut Français du Portugal
Mais informações em ctalmada.pt
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