Pedro Jóia, a guitarra cantou no CCB
Centro Cultural de Belém
O guitarrista português, referência em Portugal, esteve no CCB para um espectáculo fantástico onde a guitarra é rainha, na companhia de José Salgueiro na percussões, e da uma voz surpreendente e da guitarra de Miguel Ramos.
Pedro Jóia agradeceu ao publico presente e disse, “ é uma alegria muito grande, sempre, tocar neste palco, já tem tanta história, já pisamos este palco tantas vezes, e em diversas ocasiões, e confesso é a sala que mais gosto de Lisboa, mas tem haver também com razões emocionais“, acrescentou ainda “gostaria de falar um pouco sobre o que vamos tocar, tocamos agora umas variações que fiz, sobre o fado menor, que é porventura o fado mais emblemático, a principal matriz do fado de Lisboa, e vamos de seguida tocar, umas variações que fiz de um grande guitarrista”
Entre as composições de Pedro Jóia, destacamos ‘Ícaro‘ a que seguiu de um tema de compositor flamenco, Vicente Amigo, que Pedro gosta muito, mas também com poema de Maria Teresa Horta ‘Morrer de amor‘ e ‘Eurídice‘ de Sofia de Melo Breyner Andersen ambas com musica de Pedro Jóia.
Pedro Jóia, chamou ao palco, o convidado, Miguel Ramos, “tenho um enorme gosto de chamar a este palco, uma enorme voz, é a terceira geração de fadistas, uma família que lhe corre o fado no sangue, mas ao mesmo tempo um artista aberto ao mundo, e inclusivamente disposto a embarcar nas minhas aventuras musicais …“.
Pedro interpretou obras emblemáticas de autores tão diversos como Armandinho, Carlos Paredes ou José Afonso, além de música composta pelo próprio.
Pedro Ramos disse “Muito boa noite a todos e muito obrigado, peço desculpa, estou super nervoso, não vou mentir, porque estou extremamente feliz com este convite, deste meu querido amigo …” e acrescenta “… este convite foi a minha prenda de anos, muito obrigado pela vossa presença …“, interpretou então uma musica do fado menor, com letra de Mário Rainho, ‘Dizem que o fado é uma reza‘, e depois uma balada, de Vasco Lima Couto e musica de Jorge Barradas, “Voltei amor“.
Mais uma excelente produção Há Fado no Cais da EGEAC / Museu do Fado.
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