O segundo single de Perpétua, “Perdi a Cor”, fala sobre perda mas de uma forma leve e alegre. É uma espécie de sambinha que catrapisca os anos 80 da música portuguesa, com uma bateria marcada, um baixo recheado de balanço, uma guitarra funk e sintetizadores revivalistas, embrulhados pelas doces melodias de voz.
“Perdi a Cor” é a brisa de verão e o sol de inverno dos Perpétua. A vontade de tirar ‘o pé do chão’, contrasta com a melancolia da letra, que conta o processo da perda e das múltiplas formas de lidar com ela.
É o lado mais disco da banda da Gafanha da Nazaré, do concelho de Ílhavo. Se em “Condição” os Perpétua mostraram um lugar mais introspetivo, agora mostram uma certa agitação capaz de alegrar quem passou por uma perda e ainda não conseguiu fazer o luto.
Depois de mostrar as raízes com o videoclip da “Condição” nas salinas de Aveiro, o novo videoclip “Perdi a Cor” tenta dar a conhecer a identidade dos Perpétua. Em primeiro lugar, era importante demonstrar aquilo que existe em todo o grupo: a boa disposição. Em segundo lugar, procurou-se um lugar que pudesse ir buscar ambientes retro: com cores vivas e traçados rústicos da portugalidade, misturados com pequenos apontamentos da modernidade.
O videoclip foi gravado na Quinta da Fogueira, localizada na Fogueira, um pequeno lugar de Sangalhos, em Anadia. A Quinta da Fogueira foi recentemente recuperada e, hoje, é uma casa de turismo rural que fica no coração da região vitivinícola da Bairrada. É um espaço com paisagens belíssimas e ótimas para “desligar do mundo” e recarregar baterias.
A realização é de Bernardo Limas e a produção ficou a cargo da Haff Delta. A banda também quis gravar na Quinta da Fogueira para dar a conhecer mais um bonito local do distrito de Aveiro e tentar dar visibilidade ao turismo, um setor também ele fortemente abalado pela pandemia. Quem sabe, a Quinta da Fogueira será também um lugar ideal para uma residência artística para que os artistas possam trabalhar recatados, longe da azáfama das cidades.