“Revolução” de Hugo Gonçalves vence Prémio Literário Fernando Namora
Com o romance “Revolução”, o escritor Hugo Gonçalves foi o vencedor, da edição deste ano, do Prémio Literário Fernando Namora, instituído pela Estoril Sol, com o valor pecuniário de 15 mil euros.
O Júri, presidido por Guilherme D ´Oliveira Martins, definiu a obra vencedora como “um romance que mergulha num período recente da história portuguesa, nomeadamente, nos últimos anos da ditadura e nos primeiros anos da democracia”.
Em acta o júri refere: “Com um estilo directo, fluido e comunicativo e com uma linguagem que se alia à expressão do tempo e dos seus actores sociais, “Revolução” é um livro que se impõe literariamente, graças ao modo como liga pontas soltas da história portuguesa recente, mantendo sempre, no entanto, o desenho narrativo de personagens contraditórias, heroicas ou trágicas, fortes ou fracas, e cujos perfis interpelam e comentam os leitores actuais do romance e as suas respectivas posições ideológicas”.
O Júri considerou, ainda, que o romance de Hugo Gonçalves “é um livro que se aproxima do testemunho, mas onde, também, coexiste, um grande fascínio pela riqueza da própria natureza humana”.
Ao galardão candidataram-se várias dezenas obras, tendo a short list integrado, além de “Revolução” de Hugo Gonçalves, os romances de Sérgio Luis de Carvalho, “A Dança dos Loucos”; de Rodrigo Guedes de Carvalho, “As Cinco Mães de Serafim”; e de Madalena Sá Fernandes, “Leme”.
Escritor e jornalista português, Hugo Gonçalves nasceu, a 9 de julho de 1976, em Sintra. É autor de vários romances, tendo já, em 2019, sido finalista do Prémio Literário Fernando Namora com a obra “Filho da Mãe”. O mesmo livro foi, também, finalista do Prémios P.E.N. Clube Português de Narrativa (ou novelística). Na Companhia das Letras, estão publicados, ainda, as obras “Deus Pátria Família”, (semifinalista do Prémio Oceanos) e “O Coração dos Homens”.
Estudou Comunicação Social no ISCSP e estreou-se como jornalista, integrando a equipa fundadora da revista Focus. Em 2000, recebeu o Prémio Revelação do Clube Português de Imprensa, com a reportagem “Esto es el fin del mundo”, sobre as cheias na Venezuela, em dezembro de 1999.
Guionista da série “Rabo de Peixe” (Netflix), ao longo da sua carreira, foi correspondente de diversas publicações portuguesas em Nova Iorque, Madrid e Rio de Janeiro, cidade onde trabalhou como editor literário.
Jornalista premiado, colaborou com: Expresso, Visão, Jornal de Notícias, Diário Económico e revista Sábado. No Diário de Notícias, assinou as crónicas “Postais dos Trópicos” e “Máquina de Escrever”. É um dos criadores do podcast “Sem Barbas na Língua”.
Presidido por Guilherme d`Oliveira Martins, o Júri desta 27ª edição do Prémio Literário Fernando Namora foi ainda integrado por José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores, Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Ana Paula Laborinho, Liberto Cruz e José Carlos de Vasconcelos, convidados a título individual, e por Dinis de Abreu, pela Estoril Sol.
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