Static Shot + a Folia pelo Ballet de Lorraine
CCB dias 21 e 22 de fevereiro na sexta pelas 20h00 e sábado pelas 19h00 no Grande Auditório
Programa duplo do Centro Coreográfico Nacional – Ballet de Lorraine (França), apresenta duas encomendas: Static Shot, de Maud Le Pladec, e a Folia, do coreógrafo português Marco da Silva Ferreira
Static Shot
- Conceção e coreografia Maud Le Pladec
- Música Pete Harden e Chloé Thévenin
- Conselhos sobre difusão sonora Vicente Le Meur
- Luz Eric Soyer
- Criação e execução de figurinos Christelle Kocher – KOCHÉ, assistida por Carles Urraca Serra – KOCHÉ
- Assistência de figurinos Laure Mahéo
- Assistência de coreografia Régis Badel
- Assistência de dramaturgia Balduíno Woehl
- Com a participação da Secção de bordados do Colégio Lapie (Lunéville)
- Produção CCN – Ballet de Lorraine | Coprodução CCNO d’Orléans
- O espetáculo estreou-se a 24 de novembro de 2021 no Scène nationale d’Orléans.
«Imagino um dispositivo cénico muito específico, situado entre a peça coreográfica, a instalação cénica e o dispositivo cinematográfico. A dramaturgia da peça, concebida como um bloco de corpos, imagens e sons, não terá princípio, meio ou fim. Como num clímax permanente, o grupo de bailarinos sustentará esse pico em conjunto, com a energia sempre a precisar de ser mantida no seu auge. Como prever, então, as questões da tensão, êxtase e prazer partilhados? E quanto ao relaxamento, respiração ou perda? E se o prazer se tornar motivo de tensão? A dinâmica da peça – que vai do mezzo forte ao fortississimo – fará com que esteja sempre num crescendo, convidando os espectadores a participar num êxtase sem fim.» — Maud Le Pladec
A Folia
- Coreografia Marco da Silva Ferreira
- Música Luís Pestana inspirado na música de
- Arcangelo Corelli, Sonata para Violino em Ré Menor La Folia, op. 5 n.º 12
- Luz Teresa Antunes
- Figurinos Aleksandar Protic
- Assistência de coreografia Catarina Miranda
- Ensaios Valérie Ferrando
- Produção CCN – Ballet de Lorraine | Coprodução Mafalda Bastos e P-ulso
«a Folia reafirma a necessidade de estarmos juntos para lutar. Para além do virtuosismo específico das danças de clube, Marco da Silva Ferreira transmite uma dupla mensagem de peça para peça, tanto política como artística.»
Philippe Noisette, Les Inrockuptibles, 11 março 2024
Com a Folia, Marco da Silva Ferreira parte de um fenómeno português do século XV para explorar os conceitos de êxtase, euforia e rebelião coletiva, como impulsionadores da construção cultural, política e artística.
A folia, pilar musical do Renascimento, tem origem na confraternização popular, onde pastores e pastoras dançavam de forma rápida e confusa, transportando aos ombros homens vestidos de mulheres. De origem rural, ligada a rituais de fertilidade, festas, música e dança, rapidamente acabou por marcar também as festividades da corte.
O termo «Folia» nasceu, em português, da associação à palavra fole – objeto utilizado para atiçar o fogo. E tem também uma estreita ligação com a palavra fôlego – que significa «respirar» – e folga – dia de descanso ou lazer. O folião/foliona – a pessoa feliz, liberta do trabalho, permite-se encher a cabeça e os pulmões de ar puro e comportar-se com loucura.
É desta teia de referências históricas, múltiplos significados e metáforas que este fenómeno derivou a sua relevância no passado. Com um pouco de provocação, dir-se-ia que este impulso também encontraria sentido no presente.
A partir deste contexto histórico, o coreógrafo organiza então um encontro ficcional entre o festival português de outrora e as danças contemporâneas.
Confirme sempre junto da sala de espetáculos ou promotor as condições de acesso, confirmação da data ou horário, local de venda dos bilhetes, preço e disponibilidade.
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