Correntes d’Escritas digital começa hoje
O encontro, que reúne anualmente escritores de expressão ibérica naquela cidade do distrito do Porto, decorre entre hoje e sábado, com um programa mais concentrado, mas em que participam 154 convidados, que vão protagonizar várias iniciativas de homenagem a Luís Sepúlveda, que morreu em abril do ano passado, vítima de covid-19, poucos meses depois de ter participado no Correntes d’Escritas.
Também a revista literária do certame, que completa 20 números, será inteiramente dedicada ao escritor, abordando o seu espetro profissional e pessoal, e as mesas de conversa terão como ponto de partida o seu trabalho, de acordo com informação da autarquia, que organiza.
O arranque do festival está marcado para as 11:00, com a cerimónia de abertura a cargo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, da ministra da Cultura, Graça Fonseca, e do presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira.
A conferência inaugural será proferida pelo escritor Alberto Manguel, nascido na Argentina, e ex-diretor da Biblioteca Nacional desse país sul-americano, atualmente a residir em Portugal, que vai partilhar algumas das suas experiências.
Participam ainda neste encontro autores como Afonso Cruz, Alex Gozblau, Álvaro Laborinho Lúcio, Catarina Sobral, Gonçalo M. Tavares, Hélia Correia, Josep Maria Espirol, Juan Gabriel Vasquez, Lídia Jorge, Manuel Rui, Ondjaki, Onésimo Teotónio Almeida, Pepetela, Rui Zink, Simone Paulino, Valter Hugo Mãe, Maria Flor Pedroso, João Gobern e Carlos Vaz Marques.
Este ano, o Correntes d’Escritas contempla outras formas de arte, como um documentário de João Cayatte e uma exposição de fotografias de Daniel Mordzinski, centrada na amizade e projetos comuns com Luís Sepúlveda.
Estão previstos ainda atividades de leitura de poesia e de contos, e um projeto denominando “As Penélopes”, que irá envolver 12 escritoras e 12 bordadeiras da tradicional camisola da poveira, a trabalhar em complementaridade, na produção de textos e de camisolas.