Insígnia criada por duas empreendedoras aposta em edições limitadas e em coleções-cápsula, estas desenhadas em exclusivo por conhecidos arquitetos, designers de moda e outros criadores artísticos.
O setor português de ourivesaria e joalharia acaba de ficar mais rico. Conta desde há alguns dias com uma nova marca – a Sharma. Que nasceu fruto de duas histórias de empreendedorismo no feminino que confluíram numa só.
Brigitte Costa e Bruna Cabral são as caras que dão identidade à insígnia, que surge para “tornar o requinte mais acessível”, de uma forma multifacetada, com um mundo de “joias intemporais pensadas para pessoas modernas, cosmopolitas e ativas”. Segundo o traço de criadores de diferentes áreas artísticas e inspirações. E a mestria dos ourives portugueses na arte de trabalhar os metais mais nobres.
A Sharma pretende criar linhas de edição limitada e renová-las a cada dois meses. E apostar periodicamente em coleções-cápsula, desenhadas em exclusivo – sempre com uma inspiração de génese – por conhecidos arquitetos, designers e criadores de outras áreas artísticas, na sua maioria conhecidos do grande público.
A primeira colaboração desta índole resultará de uma parceria com o arquiteto Álvaro Siza Vieira e será lançada no mercado até ao final do ano.
Para já, a marca arranca com a sua coleção-semente – a Pétala -, a primeira criada pela dupla de empresárias e que estará sempre disponível no website da marca. Avança igualmente com os primeiros modelos da designada de coleção Sharma, que incluirá ciclicamente sete brincos, sete anéis, sete pulseiras e sete colares. Conjuntos que conhecerão novos contornos a cada 60 dias. Com peças produzidas em prata 925, ou prata 925 com banho de ouro de 18 quilates, e pedrarias.
Neste primeiro momento, só as coleções-cápsula deverão conhecer a forma de ouro maciço e a inclusão de gemas preciosas naturais, decididas caso a caso.
A fase de implantação da insígnia no mercado far-se-á através de ecommerce e de parcerias estratégicas com complexos hoteleiros de cinco estrelas e de charme, bem como alguns museus, do norte ao sul do País.
A estratégia da Sharma vai ao encontro daquelas que são as principais grandes tendências no estado da arte da moda, ourivesaria e joalharia incluídas, como sejam o comércio online, que está a redefinir as expectativas dos potenciais clientes e empresas; a preferência dos consumidores por marcas próprias, com identidade vincada e fatores distintivos; e, também, a aposta na componente do storytelling e na capacidade de envolver os consumidores nas motivações e inspirações da marca.
O segmento de luxo, com produtos diferenciados e com grande incorporação de qualidade, e a porta do mercado externo são duas das outras vias que a Sharma pretende trilhar, a breve-médio prazo.
“Queremos marcar pela diferença, pela originalidade e, particularmente, pela exclusividade e intemporalidade das nossas coleções. Sharma é sofisticação – ora exuberante, ora contida – confiança, conforto, alegria e empoderamento. Feminino e não só, visto que pretendemos lançar coleções para vários públicos, inclusive o masculino”, sublinha Brigitte Costa, a faceta mais criativa da dupla fundadora da Sharma.
Identidade e reinvenção
Segundo a Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal, a principal entidade corporativa do setor (que representa mais de 500 das principais empresas, responsáveis por 9.900 postos de trabalho), a indústria de ourivesaria nacional registou em 2021 um volume de negócios de 1,2 mil milhões de euros, graças ao trabalho de 10 mil pessoas, aproximadamente. Empresas serão mais de quatro mil, a operar no País.
O volume das exportações terá chegado aos 313 milhões de euros em 2022 (o valor mais elevado desde 2017), num incremento superior a 20% face ao ano precedente. Itália, Alemanha, Espanha, França, Reino Unido, EUA e Coreia do Sul são os principais mercados externos lusos, neste momento.
Com um lastro de centenas de anos a incorporar saber e saber-fazer, a ourivesaria lusitana está a conseguir reinventar-se pela criatividade dos novos designers – e marcas – e nas bancadas de trabalho dos ourives portugueses. Que têm centro produtivo concentrado sobretudo no concelho de Gondomar, tida por capital da ourivesaria em Portugal, onde estarão localizadas mais de 400 empresas (70% delas detidas por empresários em nome individual), ou seja, cerca de 42% da produção anual do nosso País.
A chegada da Sharma ao mercado é mais um exemplo de como a ourivesaria e a joalharia portuguesas têm demonstrado saber manter a respetiva autenticidade, aquela alicerçada na sua história e tradição, enquanto vai agregando uma cultura de inovação e de disrupção, próprias de novas vagas de profissionais (designers, criadores, ourives, empresários) e de ideias. Isso é identidade. E identidade é muito, na ourivesaria portuguesa.
Sobre a Sharma
Podem os metais nobres e as pedras (semi)preciosas surgir (quase) do nada – e com a intensidade de um relâmpago – em uma, duas ou mais vidas, com(o) a luz que permite iluminar e equilibrar o caminho para um horizonte, pessoal e profissional, mais feliz e produtivo? Podem. Porque foi isso o que aconteceu com as duas empreendedoras, com carreira profissional feita noutros setores, que corporizam a Sharma, a nova marca portuguesa de ourivesaria e joalharia.
A insígnia surge para tornar o requinte acessível, de uma forma multifacetada, com um mundo de joias pensadas para pessoas modernas, cosmopolitas e ativas. Segundo o traço de criadores de diferentes áreas artísticas e inspirações. E, depois, a centenária mestria – quantas vezes inovadora e disruptiva – das mãos dos ourives nacionais na modelação do primogénito de cada coleção. Como se cada peça fosse a primeira. E única.
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