Bienal Art(e)facts apresenta exposição-roteiro pela Beira Interior
Art(e)facts – Bienal do Conhecimento abre no dia 2 de julho a exposição Supernatural Togetherness (“União Sobrenatural”) que percorre seis localidades do Fundão e da Guarda, onde foram criados seis projetos inéditos por artistas, arquitetos e designers, em residências artísticas realizadas com artesãos locais.
Alcongosta, Janeiro de Cima, Telhado, Fundão, Famalicão da Serra e Gonçalo definem o roteiro da exposição coletiva que apresenta os projetos artísticos realizados, durante o mês de maio, no âmbito do programa de residências da edição inaugural de Art(e)facts.
Como explica Andreia Garcia, Diretora Artística e Curadora da Bienal, o roteiro da exposição “espelha os vários diálogos e cenários que os acolheram, pelo que o convite à sua visita sugere que se atente aos lugares que detém a memória e à experiência da imersão e da permanência”.
As residências e a criação dos projetos juntaram seis artistas e coletivos, portugueses e estrangeiros, com artesãos que trabalham as artes tradicionais da cestaria de castanho e cestaria de vime, tecelagem e olaria.
Além de valorizar o artesanato através da criação contemporânea, a Bienal Art(e)facts propôs aos participantes a aplicação da fabricação digital e dos recursos do FAB LAB Aldeias do Xisto à preservação do conhecimento e “saber fazer” das gentes da Beira Interior. Porque, como destaca a curadora, “com a globalização as áreas rurais tornaram-se periferias das cidades e verificamos agora que, com o envelhecimento da população, o legado dos saberes ancestrais encontra-se em perigo”.
A exposição estará patente até dia 9 setembro e os projetos poderão ser visitados em instalações nas oficinas de artesanato que acolheram as residências, em construções devolutas e espaços públicos nas várias localidades.
Desde a Casa das Tecedeiras, na aldeia histórica de Janeiro de Cima, passando pela Casa do Barro do Telhado e oficinas em Famalicão da Serra e Gonçalo, onde se mantêm vivas artes ancestrais, até aos centros da vila de Alcongosta e da cidade do Fundão, a exposição proporciona um roteiro entre o passado e o futuro da região