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Canção “Foi na cidade do Sado” de José Afonso é discutida no ciclo “Eu vi este povo a lutar”
Conversas em torno de canções revolucionárias, no Núcleo AJA Lisboa - Associação José Afonso
Em comemoração dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, o Núcleo AJA Lisboa – Associação José Afonso recebe o ciclo de conversas “Eu vi este povo a lutar”, em torno de um conjunto de canções revolucionárias.
As sessões dividem-se entre uma primeira parte de audição do tema e uma segunda com duas intervenções sobre as condições de criação da canção e o seu respetivo contexto histórico.
Dia 29 de fevereiro às 19h, Albérico Afonso e Henrique Guerreiro conversam sobre a canção “Foi na Cidade do Sado” de José Afonso.
José Afonso criou esta canção em 1975, reagindo diretamente aos acontecimentos ocorridos em Setúbal, na noite de 7 de Março de 1975. O protesto contra a realização de um comício do PPD/PSD no Clube Naval Setubalense desencadeou confrontos com a polícia, que reprimiu violentamente a manifestação popular, provocando um morto e duas dezenas de feridos.
A canção foi incluída no single “Viva o Poder Popular”, editado pela LUAR – Liga de União e Ação Revolucionária, organização a que José Afonso pertencia e a quem cedeu os respetivos direitos.
Albérico Afonso é historiador, autor de “Setúbal, cidade vermelha. 1974-1975” e de um dos textos introdutórios ao disco, reeditado pela Associação José Afonso em 2013.
Henrique Guerreiro, amigo e camarada de José Afonso, integrou o núcleo de Setúbal da LUAR.
Conversa sobre a canção “Foi na cidade do Sado” de José Afonso
Convidados: Albérico Afonso e Henrique Guerreiro
in Ciclo “Eu vi este povo a lutar” – Núcleo AJA Lisboa – Associação José Afonso
Quinta-feira, 29 de fevereiro 2024 – 19:00
Rua de São Bento 170, 1200-821 Lisboa
Sobre o ciclo “Venham mais 6”
Em comemoração dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, o Núcleo AJA Lisboa – Associação José Afonso leva a cabo o ciclo de conversas “Eu vi este povo a lutar”, em torno de um conjunto de seis canções de protesto temáticas.
Até ao final de 2024, vários convidados juntam-se para homenagear alguns dos mais emblemáticos coletivos e cantautores revolucionários, tais como José Afonso, Coro Popular O Horizonte é Vermelho, GAC – Vozes na Luta, Fernando Tordo, Luís Cília e José Mário Branco.
As sessões dividem-se entre uma primeira parte de audição do tema e uma segunda com duas intervenções sobre as condições concretas de criação da canção e o seu respetivo contexto histórico.
Um ciclo disposto a provar que “canto mole em letra dura nunca fez revoluções”!
Programação completa “Venham mais 6”
- 29 de fevereiro às 19h | José Afonso, “Foi na Cidade do Sado” c/ Albérico Afonso e Henrique Guerreiro
- 21 de março às 19h | Coro Popular O Horizonte é Vermelho, “Honra a Ribeiro Santos” c/ Carlos Moreira e Maria José Campos
- 25 de maio às 17h | GAC – Vozes na Luta, “Zé Diogo” c/ Constantino Piçarra e Carlos Guerreiro
- 25 de julho às 19h | Fernando Tordo, “Fado de Alcoentre” c/ Fernando Tordo e Alfredo Caldeira
- 26 de setembro às 19h | Luís Cília, “11 de Março” c/ Luís Cília e Ricardo Noronha
- 28 de setembro às 19h | José Mário Branco, “Eu vi este povo a lutar (Confederação)” c/ Fernando Rosas e Manuel Monteiro
Sobre o A Associação José Afonso
A Associação José Afonso (AJA) é uma associação cívico-cultural, não confessional, criada a 18 de Novembro de 1987, com a finalidade de honrar o legado de José Afonso enquanto artista e cidadão empenhado na causa da Liberdade e da Solidariedade.
Zeca Afonso foi ser humano atento, livre, inquieto e de um profundo humanismo crítico.
Nas canções, quer as de um lirismo tocante, quer as de combate e denúncia da exploração e da hipocrisia que a encobre, dá voz à luta e à ira dos mais desfavorecidos e às aspirações de libertação dos povos oprimidos, apontando a Utopia como único “fumo a seguir” para a realização plena do ser humano.
A AJA na sua missão de valorizar e divulgar esse legado, enquanto património universal, definiu objetivos concretos que a norteiam. Concretizá-los será tarefa constante para a qual se congregam os esforços de quem está verdadeiramente interessado em contribuir para que as gerações continuem herdeiras de uma obra impar e intemporal e não percam o rumo da mensagem de José Afonso.