- Portugal lidera 3 dos 66 projetos aprovados
- Das 100 entidades nacionais com projetos aprovados, 19 captam pela primeira vez financiamento europeu
- 24 M€ para projetos na área do Ambiente e Bioeconomia
- Portugal captou 2,4% do financiamento disponível em ambos os concursos
A Comissão Europeia atribuiu 27,7 Milhões de Euros (M€) a 100 entidades portuguesas que se candidataram a concursos do Horizonte Europa destinados a financiar projetos do Cluster 6 do Horizonte Europa: Alimentação, Bioeconomia, Recursos Naturais, Agricultura e Ambiente e do Cluster 2 do Horizonte Europa: Cultura, Criatividade e Sociedade Inclusiva. Três projetos são coordenados por entidades nacionais (IST-ID, Companhia Portuguesa de Culturas Marinhas e Universidade de Coimbra). Em Portugal, os clusters 2 e 6 são acompanhados pela Agência Nacional de Inovação (ANI), no âmbito da rede PERIN.
Cluster 6 do Horizonte Europa: Alimentação, Bioeconomia, Recursos Naturais, Agricultura e Ambiente
No total, foram submetidas 199 propostas, das quais 57 foram aprovadas (taxa de sucesso de 28,6%, em linha com a média europeia), correspondendo a 2,4% do financiamento disponível. Das 84 entidades que participam nos projetos aprovados, 15 participam pela primeira vez em programas-quadro europeus de apoio à inovação. 38% do financiamento nesta área (23.9 M€) foi captado por empresas.
Dois projetos financiados são coordenados por instituições portuguesas:
BioValue – Valor da Biodiversidade na Política e Planeamento Espacial alavancando mudanças multiníveis e transformadoras. Liderado pela Associação do Instituto Superior Técnico para a Investigação e Desenvolvimento (IST-ID), visa proteger e aumentar a biodiversidade através de ferramentas de ordenamento do território, de avaliação de impacto ambiental e ainda instrumentos financeiros e económicos.
REALM – Reutilizando Efluentes da Agricultura para Desbloquear o Potencial das Microalgas. Liderado pela NECTON – Companhia Portuguesa de Culturas Marinhas, pretende aproveitar as águas de drenagem ricas em nutrientes de explorações sem solo para a produção de microalgas, tratamento da água e ainda a captação de dióxido de carbono.
Cluster 2 do Horizonte Europa: Cultura, Criatividade e Sociedade Inclusiva
O montante atribuído destina-se a nove projetos inovadores para os setores da Cultura, Educação e Democracia com participação de 16 entidades nacionais. Quatro destas entidades – Coliseu do Porto, Fórum Dança – Associação Cultural, FITEI – Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica e Medidata.net – Sistemas de Informação para Autarquias – estrearam-se na captação de financiamento no programa-quadro europeu de I&I.
No total, foram submetidas 152 propostas com participação nacional, das quais 16 foram selecionadas para financiamento, correspondendo a cerca de 2,4 % do financiamento global disponível.
Um dos projetos é coordenado por uma entidade nacional:
In Situ – Inovação baseada na localização de indústrias culturais e criativas em áreas não urbanas, que irá estudar as práticas, capacidades e potencial inovador das indústrias culturais e criativas em zonas não urbanas. É coordenado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra
“Estes são resultados que vêm consolidar o bom desempenho nacional nos programas-quadro europeus. As empresas portuguesas captaram cerca de 40% do financiamento nacional em Ambiente e Biotecnologia, o que é um resultado expressivo da dinâmica empresarial crescente neste tipo de instrumentos. No caso da Cultura, Educação e Democracia verificamos que a taxa de financiamento neste primeiro ano do Horizonte Europa é, para já, o triplo da alcançada no primeiro ano do Horizonte 2020 (anterior programa-quadro). Saudamos ainda as 19 entidades portuguesas que pela primeira vez captam financiamento europeu, evidenciando a excelência científica nacional. Não poderia deixar de salientar que há três Laboratórios Colaborativos (CoLABOR, Associação Oceano Verde e o Sustainable and Smart Aquaculture) na lista das entidades que captam financiamento, o que demonstra que estão ativos na captação de financiamento para os projetos que desenvolvem”, afirma Joana Mendonça, presidente da ANI.
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