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Há Fado no Campo Pequeno – Aqui está-se Sossegado

Santa Casa Portugal ao Vivo

Fez-se silêncio no Campo Pequeno, em Lisboa, para ouvir cantar o Fado, num projecto musical que juntou Camané e Mário Laginha.

Camané que desde sempre se identificou como um intérprete das suas canções, não como autor, levou-nos numa retrospectiva da sua carreira.

A maestria de Mário Laginha e a voz calorosa e envolvente de Camané ofereceram a quem foi ao Campo Pequeno uma excelente noite musical.

Como convidado especial e, podemos dizer, já habitual esteve o saxofonista Ricardo Toscano e ouviu-se “Asas Fechadas”, bem como dois temas originais deste.

Camané tem uma relação envolvente com o seu público, a sua voz transporta-nos para outro universo, em que durante hora e meia nos esquecemos das dificuldades da pandemia, do confinamento, tendo o seu público retribuído em igual medida, com casa quase cheia.

O fadista homenageia sempre nos seus concertos os grandes fadistas nacionais, bem como os compositores: Alfredo Marceneiro, Amália Rodrigues, José Mário Branco, Luís de Macedo, David Mourão Ferreira, João Nobre e Aníbal da Nazaré, Manuela de Freitas e Fernando Pessoa, Jaime Santos.

Maria do Rosário Pedreira, uma das poetisas preferidas do fadista, João Monge e Sebastião Cerqueira, António Sabrosa.

E assim ao longo da noite ouviram-se temas como “Não Venhas Tarde”, Quadras – “O Amor Quando se Revela”, “Dança de Volta”, “Com Que Voz”, “Amiga Maria”, “A Guerra das Rosas”, “Fado Rosa”, “Madrugada de Alfama”, “Espelho Quebrado”, “Duas Lágrimas de Orvalho”, “Mote”, “Abandono”, “Se Amanhã fosse Domingo”, “Casa da Mariquinhas”, “Sei de um Rio”, “Triste Sorte” e “A Minha Rua”.

Camané e Mário Laginha, voz e piano, dois instrumentos que se complementam para transmitirem a quem os ouve todo o sentimento e melancolia de um poema.

Mais um excelente concerto Santa Casa Portugal ao Vivo com produção da Everything is New.

 

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