Inauguração de “Da Vinci Simulacrum” de Margarida Sardinha
Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes
Margarida Sardinha apresenta o projecto Da Vinci Simulacrum, uma instalação de caixas de luz, em exposição com curadoria de Hugo Dinis no MIAA – Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes, de 23 de abril e 25 de setembro.
Tomando como ponto de partida algumas das pinturas e desenhos mais icónicos de Leonardo da Vinci (1452-1519) – A Última Ceia, Mona Lisa, São João Batista, Virgem dos Rochedos, entre outras obras menos conhecidas –, a artista desconstrói pressupostos geométricos existentes num inconsciente coletivo.
Através da profunda investigação e do minucioso estudo sobre a simbologia, e recorrendo a uma metodologia que advém do conhecimento científico, artístico e religioso, as obras apresentadas questionam, sobretudo, o modo de apreensão do mundo, mas, também, a análise de uma estrutura interna inata.
Neste sentido, os signos não são vistos no seu contexto imutável, nomeadamente social, político, cultural ou temporal, que tendem a fixar os seus significados. Ao perderem a sua âncora de significação, os símbolos revelam uma concentração formal, ou uma corrente combinatória de significados, dependente da sensibilidade humana que se traduz por um conjunto de ideias, emoções e linguagens transversais a todas as sociedades.
“O interessante é perceber que quando se fala de símbolos, arquétipos ou imutabilidade, existe uma estrutura por detrás daquele símbolo que se pode explorar de diferentes modos. Um símbolo pode ser político, religioso, científico ou comunitário. Portanto, o mesmo símbolo pode refletir diversas formas de pensar e representar diferentes significados em diferentes culturas e de diversos modos.”, explica Margarida Sardinha.
Da Vinci Simulacrum inaugura no dia 23 de Abril pelas 16h no MIAA – Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes, com o apoio de Garantir Cultura e Câmara Municipal de Abrantes em parceria com a Coleção de Arte Figueiredo Ribeiro.
SOBRE A ARTISTA MARGARIDA SARDINHA:
A prática artística de Margarida Sardinha compreende instalação “site-specific”, animação experimental e composições digitais fundamentadas em simbologia. Normalmente reproduzida como ilusões de ótica, a sua mensagem baseia-se na justaposição de conceitos paralelos em literatura, filosofia, religião, ciência e arte. Já obtiveram vários prémios e nomeações em festivais de cinema internacionais.
Os seus projetos têm sido apresentados em museus e galerias em Londres, Lisboa e Nova Iorque. Margarida foi selecionada para o Aesthetica Art Prize e COCA Project, Itália em 2021 e ganhou o Prémio Jovens Criadores em 1999. O seu trabalho está representado em várias coleções públicas e privadas em Portugal e a sua instalação site-specific Oxymoron Tiling @LX Factory assinala a importância de arte pública em Lisboa.
Margarida Sardinha licenciou-se em Fine Art Combined Media pela Chelsea College of Art & Design e pela Central Saint Martin’s College of Art and Design (UAL) em Londres, onde viveu dez anos. Atualmente vive em Azueira, Portugal.
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