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Tate Britain inaugura retrospetiva de Paula Rego no verão

A exposição, que estava inicialmente programada para abrir a 16 de junho, é promovida como a maior e mais abrangente retrospetiva da obra de Paula Rego, que estudou e vive no Reino Unido há várias décadas.

O museu está atualmente encerrado devido às restrições decretadas pelo Governo para controlar a pandemia de covid-19, e o plano de desconfinamento só prevê a reabertura de espaços culturais em Inglaterra a partir de 17 de maio.

A exposição vai começar com uma seleção dos primeiros trabalhos de Rego raramente vistos, nos quais a artista explorou os próprios problemas pessoais, mas também questões sociais, como por exemplo “Interrogation”, quadro pintado aos 15 anos de idade.

Nas pinturas, colagens e desenhos das décadas 1960 e 1970 é manifesta a oposição de Rego à ditadura portuguesa, usando uma variedade de fontes de inspiração, incluindo anúncios, caricaturas e notícias.

A partir da década de 1980, deixa as colagens e dedica-se à pintura, combinando memórias de infância com as experiências de mulher, esposa e amante.

A exposição vai incluir pinturas importantes daquele período, como quadros da emblemática série “The Vivian Girls” ou “The Policeman’s Daughter”, alguns dos quais são resultado da relação intensa de Rego com marido, o pintor Victor Willing, que sofreu de esclerose múltipla durante vários anos e morreu em 1988.

A exposição vai também mostrar gravuras de série “Nursery Rhymes” de 1989, na qual, Rego explora a estranheza e a crueldade das tradicionais canções infantis britânicas, e grandes pastéis de óleo de figuras femininas solteiras dos anos 1990 a 2000, incluindo as séries “Mulher Cão” e “Aborto”.

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