Na passada sexta-feira o Teatro Tivoli BBVA não teve mãos a medir para ouvir e aplaudir Sara Correia, fadista portuguesa, nascida em Marvila, Lisboa, há 27 anos.
A fadista apresentou, pela primeira vez em Lisboa, “Do Coração”, o seu mais recente álbum, lançado em setembro do ano passado. Neste concerto a fadista foi acompanhada de excelentes músicos, o Mestre Marino de Freitas na viola baixo, Diogo Clemente na viola de fado, Ângelo Freire na guitarra portuguesa, Joel Silva na bateria e Ruben Alves ao piano.
Com “Eu Já Não Sei”, letra de António Zambujo, tem início uma noite de fado, repleta de emoções e dirigida a um público ansioso de sentir, um público que demonstrou durante a noite o carinho especial que sente por esta fadista lisboeta.
“Antes Que Digas Adeus”, “Não Se Demore”, “Se o Mundo Dá Tantas Voltas”, “Tu Ganhas Sempre”, “Chegou Tão Tarde”, “O Porquê do Fado”, “Dizer Não”, “Por Passares” e “Fado Português” foram alguns dos temas ouvidos no palco do Tivoli.
Sara Correia confessa ter tido muita sorte em trabalhar com diversos artistas que admira muito e que participaram na composição das letras deste seu novo disco, António Zambujo, Carolina Deslandes, Luísa Sobral, entre outros.
Uma dessas artistas foi Joana Espadinha que compôs “Chegou tão tarde”, um fado que se confunde com uma balada à qual Sara empresta toda a sua emoção. De Luísa Sobral canta “Dizer Não” e de Carolina Deslandes “O Porquê do Fado”.
Entre músicas a fadista vai conversando com o público, “diz-nos que está muito feliz por estar novamente a pisar o público, que foram tempos difíceis”.
Público ao rubro desde a primeira música, dedica-lhe todo o seu calor e puxa por ela gritando “És Linda”.
Sara Correia chama o seu primeiro convidado ao palco para cantar “Solidão”, canção composta por Salvador de Lima, já falecido e para quem a fadista pede “uma grande salva de palmas” em parceria com António Zambujo, Refere que “o conheceu, ao António, no Senhor Vinho, onde ambos cantavam, que é uma das pessoas que mais admira”. Sobre ela Zambujo refere que “tem um talento gigante, sendo uma honra para mim que ela cante uma das minhas canções”.
Referindo que existe muito talento em Portugal, convida o seu segundo convidado especial Luis Trigacheiro, vencedor do Programa The Voice Portugal, para subir ao palco e juntos cantam “Agora o Tempo”.
Visivelmente emocionada com a recepção do público à sua música, Sara diz-nos “que é muita emoção para uma noite só”, canta “O Meu Bom Ar”, seguindo-se uma marcha “Lisboa e o Tejo”. A todos os fadistas dedica “Sou a Casa”. Ouvimos ainda “Recados” e “Alfama”.
Sara refere que “adora cantar em Lisboa, é sua cidade”, agradece ao Museu do Fado, ao Teatro Tivoli, à banda, a todo o público, insiste que “vai de coração cheio, com o calor que me dedicaram”, canta “Quadras Soltas”.
De Amália Rodrigues ouve-se “Estranha Forma de Vida”, seguindo-se “Corrido dos Botões”, um fado corrido.
Para delírio do público termina com “Só à Noitinha” que lhe retribui em apoteose, aplaudindo de pé uma grande senhora do fado.
https://youtu.be/5bjeKEDUv6M
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