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Visitas encenadas ao Castro de Romariz, em Santa Maria da Feira

A história e as estórias em torno da ânfora com tesouro, encontrada por um lavrador, em 1843, no Monte Crasto, em Romariz, serviram de mote para encenação “As Origens da Civilidade – Santa Maria da Feira Lugar do Tempo”, que a companhia feirense Décadas de Sonho apresenta, nos dias 18 e 19 de setembro, através de seis visitas encenadas ao Castro de Romariz, uma das estações arqueológicas mais expressivas da região de Entre Douro e Vouga.

Este achado arqueológico surge documentado em publicações sobre a história local e em estudos científicos e académicos, tendo motivado as primeiras explorações do castro, entre 1940-1946, pelo pároco local, padre Manuel Fernandes dos Santos, sob a orientação de Alberto Souto, então diretor do Museu de Aveiro que, com o apoio do Município de Santa Maria da Feira, puseram a descoberto uma parte considerável das estruturas atualmente visíveis. Também com o patrocínio da Câmara Municipal, os trabalhos arqueológicos no povoado foram retomados em 1980, dirigidos por Armando Coelho e Rui Centeno, docentes da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Composto por dezenas de moedas (denários de prata) emitidas entre 157-156 a.C. e 74 a.C., para além de outras peças de ouro e prata, o tesouro encontrado no Monte Crasto encontra-se à guarda do Arquivo Nacional da Torre do Tombo e serve agora de inspiração para uma encenação no Castro de Romariz, pela Décadas de Sonhos, que conduzirá o público por uma viagem ao tempo dos romanos e túrdulos, respeitando o rigor do guarda-roupa e do armamento da época.

A Décadas de Sonho é uma companhia de Santa Maria da Feira especializada em espetáculos de recriação histórica, que soma inúmeras participações em eventos municipais de referência, como a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria e o parque temático de Natal – Perlim. Em janeiro, a companhia vai integrar a programação da Festa das Fogaceiras, com um espetáculo multidisciplinar dedicado ao Mártir S. Sebastião, no Cineteatro António Lamoso.

Com parte das sessões já esgotadas, as visitas encenadas ao Castro de Romariz integram o programa municipal de descentralização cultural “Artes em Itinerância”, que iniciou em junho e se estende até dezembro, proporcionando aos residentes e visitantes, de 17 freguesias do concelho, atividades culturais de diferentes disciplinas artísticas, como música, teatro, documentário e cinema.

O programa completo e os formulários de inscrição encontram-se disponíveis aqui.

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