Benjamim apresentou ontem ao vivo, pela primeira vez, o seu quarto longa duração As Berlengas, que teve, uma sala esgotada de fãs e amigos.
As Berlengas são vinte faixas, com letras, música e produção de Benjamim, que em 2022 foram pensadas como uma banda sonora para um filme, que ainda não existia, filme que seria realizado por Bruno Ferreira em 2023, com imagens captadas no arquipélago que dá nome ao projecto, um filme-bailado que se passa num arquipélago inventado, através da dança e do som.
Na apresentação do concerto Benjamim explicou:
“Envolvida num limbo entre solidão e morte, a música d’As Berlengas procura a luz e redenção a partir de um espaço mental inventado, uma construção fantasiosa baseada em imagens do arquipélago que eu nunca tinha visitado – um exercício de escapismo que acaba por tomar proporções épicas no que toca a dimensão, formato e ambição. As misteriosas ilhas servem de fuga à realidade, um escape à desilusão com a existência, o mundo, a divisão política, o aquecimento do planeta, a incerteza, a ansiedade causada pelos desafios que a sociedade actual coloca, a procura de uma identidade, a busca de amor ou apenas a lembrança a partir de uma tempestade ou de uma constelação inventada, com o nome de alguém que já partiu para uma outra dimensão cósmica”.
A apresentação de As Berlengas foi feita em duas partes, a primeira parte foi explicada por Benjamim como uma viagem em que “desembarcaram do vosso próprio corpo, encontram pessoas que estavam lá, meteram-se num túnel que vai até ao passado e agora chegaram à praia, numa encruzilhada, presos, entre o passado e o futuro” e continuou “ isto é um disco, nesta filosofia, vamos tocá-lo ao vivo pela primeira vez, com todos os problemas e riscos que isso acarreta, foi um disco que foi feito durante vários anos sozinho, em casa, uma coisa parecida com o que está aqui, durante 6/7 anos, e era muito difícil imaginar, estar hoje aqui, a apresentar ao vivo, é uma honra estar aqui neste teatro cheio, obrigado por terem vindo” sobre a segunda parte acrescentou “estamos na praia, presos entre o passado e o futuro, e agora vem a libertação”
Um concerto só com uma interrupção, que permitiu experienciar esta viagem sonora e visual da música de Benjamim e do filme de Bruno Ferreira, pelo mundo imaginário, belo, triste e alegre de Benjamim a que os bailarinos, Leonor Carneiro, Pedro Batalha, Beatriz Soares, Carolina Varela, Fabiana Injai e Marco Tavares deram ainda mais brilho.
Benjamim teve a companhia em palco de António Vasconcelos Dias nos teclados e coros, João Correia na bateria, Nuno Lucas no baixo, Vera Vera-Cruz nos teclados e coros e Manuel Pinheiro nas percussões, e que teve a assinatura da Força de Produção.
Alinhamento
- As Berlengas (Parte 1) 07:14
- Scally 03:13
- Atrás da Barricada 05:39
- Furado Grande 04:41
- O Futuro Foi Cancelado 02:20
- Carreiro da Moxinga 02:54
- Cova do Sonho 01:56
- Pedra Negra 01:05
- Praia! 05:11
- A Grande Libertação 04:49
- A Rendição 04:29
- Constelação Alice 01:27
- Às Escuras 04:52
- Guitarras Eléctricas Interrompem o Romance 00:48
- Encontrar Lugar 03:50
- A Tempestade Delfim 03:33
- No Fundo da Intenção 03:46
- Rochedo (Ilhéu Maldito) 03:04
- À Partida 04:35
- As Berlengas (Parte 2) 03:47
Siga-nos nas redes sociais como o Facebook, Twitter, Instagram, Youtube e TikTok e veja os nossos conteúdos exclusivos.