Dia 19 de Março, em resposta ao apelo internacional do movimento Fridays For Future, a Greve Climática Estudantil volta a convocar uma mobilização por justiça climática em Portugal.
[dropcap]A[/dropcap]Greve Climática Estudantil volta à ação face a todas as promessas vazias, de líderes e instituições, exigindo um plano real, construído pelo movimento por justiça climática, por todas as pessoas, para todas as pessoas. “2021 é o ano para começar e recuperar. A nossa casa está a arder e as pessoas na linha da frente (MAPA) a sofrer. No último ano fomos abalados por uma nova crise a somar às que já enfrentamos – económica, migratória, social e climática -, mas está na hora de pegar nos extintores. Não nos podemos dar ao luxo de esperar mais, quando no dia 19 de março de 2021 teremos 6 anos e 287 dias até que seja impossível ultrapassar os 1.5ºC de aquecimento em relação a níveis pré-industriais“, lê-se no comunicado do movimento.
Face à urgência da mudança, o movimento, e todos os seus apoiantes, erguem-se numa sociedade fóssil a fim de realizar a transição para uma ecológica e socialmente justa, que tem de ter em conta tanto os empregados nos setores poluentes, como as pessoas que foram mais abaladas pela crise pandémica.
“Mobilizamo-nos porque precisamos de um plano para recuperar, simultaneamente, o clima, a saúde pública e a economia para uma que tenha a vida no centro. Até agora temos confirmadas 18 localidades – Alcácer do Sal, Algarve, Aveiro, Bragança, Caldas da Rainha, Coimbra, Entroncamento, Évora, Guimarães, Lamego, Lisboa, Mafra, Montijo, Odemira, Pico, Porto, Setúbal e Viseu –, algumas com ações físicas, mas todas com a opção online.”
Os ativistas reivindicam a criação de milhares de empregos para o clima nos setores-chave que reduzam as emissões e o encerramento das infraestruturas mais poluentes, garantindo a proteção e requalificação dos trabalhos. A solução da crise climática também exige a criação de um plano habitacional; a criação de um plano nacional florestal e agrícola, fundamentado na agroecologia e na permacultura; o incentivo a projetos benéficos às zonas rurais e que proceda à adequação das áreas florestais às condições climáticas atuais e futuras; a integração do estudo das alterações climáticas e da ecologia nos currículos escolares, entre outras a consultar no manifesto.
A Greve Climática Estudantil convoca todos e todas para exigir respostas reais ao grande desafio dos tempos atuais, tomando as devidas medidas de higiene que assegurem a segurança de todos os participantes, no caso de ações presenciais.
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