O Prémio IN3+ organizado pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda (INCM) entregou um milhão de euros aos vencedores para desenvolverem os projetos apresentados a concurso.
IDINA, de João Marco Silva do INESC-TEC, arrecadou 600 mil euros e o primeiro lugar, com uma ferramenta para aplicar em zonas remotas para colmatar os problemas de identificação por falta de sistemas centrais. Esta solução pretende dar a autoridade necessária às instituições credíveis, como escolas, instituições de saúde e autoridades locais para atestar o nascimento e vivência de cidadãos, eventos como a vacinação ou o ingresso no ensino. Em alguns países, a plataforma pode servir para integrar ou assumir o papel de registo autoritativo, cumprindo a premissa das Nações Unidas que pretende que todo o cidadão obtenha um cartão de identificação válido.
Em segundo lugar, com um prémio de 250 mil euros, ficou o AICeBlock, da equipa da Fraunhofer Portugal liderada pro André Carreiro. Esta iniciativa consiste no desenvolvimento de uma plataforma, sustentada em blockchain, para fomentar a confiança em aplicações de base em Inteligência Artificial através da sua certificação. A solução permite interpretar, rastear e auditar as previsões dos modelos ‘inteligentes’ usados em áreas como a condução autónoma ou diagnósticos por computador.
O pódio ficou completo com o HIGHLIGHT, que leva para casa 150 mil euros. O projeto da equipa de Nano-Fotónica do Professor Manuel J. Mendes da Universidade Nova consiste no uso da nanotecnologia para desenvolver uma tinta que permite manipular a luz, dando a possibilidade única de variação ótica visível ou invisível ao olho humano. O produto pode vir a ser usado em mecanismos anti-contrafação, por exemplo, em documentos ou selos de segurança.
A terceira edição desta prova contou com 87 candidaturas, um aumento de 163% face à edição anterior. Nesta edição, a INCM pretende reforçar o foco na sustentabilidade e optou por criar uma peça simbólica para assinalar os vencedores através de uma obra de arte feita com materiais de refugo da produção de fábricas, encomendada ao artista português Bordalo II.