Rodrigo Amarante lança o aguardado novo álbum “Drama” dia 16 de Julho e anuncia tour em 2022 com duas datas em Portugal.
[dropcap]R[/dropcap]odrigo Amarante tem o prazer de anunciar o lançamento do seu novo álbum “Drama”, no dia 16 de julho, pela editora Polyvinyl, que irá também reeditar o aclamado álbum de estreia “Cavalo” (2014), uma extraordinária colecção de canções intimistas, em que “cada instrumento respira e cada som se mistura, mas cada momento é distinto” (NPR Music).
Portugal recebe, em 2022, os concertos de apresentação do novo álbum, nos dias 18 de Abril, na casa da Música, no Porto e em Lisboa, a 19 de Abril, no Capitólio. Os bilhetes estarão à venda nos locais habituais a partir de sexta-feira, 7 de Maio, às 09H00.
”Maré” é o primeiro single de “Drama”, uma canção optimista e aparentemente feliz, que encerra detalhes menos alegres, escondidos sob a superfície. “Maré” baseia-se num provérbio espanhol que vaticina algo como “a maré leva o que traz”.
Os menos versados na obra de Rodrigo Amarante lembrar-se-ão de “Tuyo”, a música da série Narcos da Netflix. Ou do álbum Little Joy. Talvez fiquem surpreendidos com os seus créditos na autoria de canções de Gal Costa, Norah Jones e Gilberto Gil. É possível que o tenham visto a tocar ao vivo com o super grupo brasileiro de samba Orquestra Imperial. Mas é sobretudo provável que se lembrem dele na mítica banda carioca indie Los Hermanos. Já para os que acham que conhecem tudo sobre Rodrigo Amarante, “Drama” vai trocar-lhes as voltas.
Nascido no Rio de Janeiro em 1976, Rodrigo Amarante aponta dois incidentes no seu passado que tiveram repercussão directa nas suas composições: uma doença infantil que o fez (e faz) valorizar a beleza de uma segunda chance; e o momento em que o pai (com o seu consentimento relutante) lhe cortou os longos cabelos, numa tentativa de descarregar todo o drama e sensibilidade da sua jovem cabeça.
“Drama” começou a tomar forma no final de 2018, com a banda de Rodrigo Amarante – “Lucky” Paul Taylor na bateria, o baixista Todd Dahlhoff, Andres Renteria na percussão e Amarante na guitarra. Ao longo do processo de composição e gravação em 2019, algumas músicas foram retiradas do fundo das gavetas e outras ideias surgiram. No início de 2020, com o álbum ainda por terminar, a pandemia obrigou Los Angeles a um lockdown e Rodrigo Amarante viu-se sozinho, aproveitando para adicionar overdubs e misturar as canções com Noah Georgeson, embora os dois nunca estivessem na mesma sala. Sem surpresa, o isolamento acabaria por ditar o som do álbum.
“Drama” termina com o piano e a voz de Amarante em “The End”. “Viver é cair” e perguntamo-nos: depois de todas as turbulências emocionais por que passou, será alguma mensagem de despedida? “Tudo vai bem”, responde Rodrigo Amarante. “Sussurrando. Você fica mais alto assim, as pessoas respondem melhor a um convite ”, e acrescenta: “Encarar o absurdo permanecendo gentil, estando aberto aos dons da confusão; é por isso que criamos essas ferramentas que são histórias e músicas, para nos ajudar a ver uns aos outros.”