Abertura dos shoppings não desacelera vendas online segundo o Insania
A abertura dos shoppings trouxe um abrandamento para as vendas online, que desde o início do confinamento viram o volume de negócios crescer diariamente, mas nem por isso os grandes players do comércio online se sentiram ameaçados, revela o Insania, uma das primeiras plataformas e-commerce em Portugal.
Segundo uma análise ao desempenho atual das vendas e o impacto da abertura dos shoppings no comércio eletrónico, o volume de receitas continua a ser muito superior ao do período pré-confinamento e que os portugueses adotaram em definitivo o método de compra eletrónico.
“A comodidade de fazer compras online virou tendência e tudo aponta para que assim continue, mesmo com o país completamente desconfinado e claro, com os shoppings abertos. Contudo, as vendas disparam com o confinamento e desaceleram com o desconfinamento, o que é normal. Mas os números continuam a ser muito maiores do que antes da pandemia. Mas, não nos podemos iludir, pois pode sempre haver uma regressão”, afirma Maria Amélia Teixeira, CEO do Insania.
O próprio Estado, adianta o Insania, reconhecendo o potencial da transformação digital, destinou 18% do Plano de Recuperação e Resiliência para promover a transição digital da Administração Pública, do tecido empresarial e a literacia digital da população, e assim, o comércio online tem tudo para continuar a crescer nos próximos anos.
Prova de que a grande maioria dos portugueses continua a preferir comprar online, são os números que chegam com a aproximação do Dia da Mãe, que só na última semana aumentaram em 10%, receita proveniente maioritariamente de produtos de beleza, bem-estar e bijuteria, com um valor médio gasto por presente na casa dos €60.
O Insania diz que existem cada vez mais pesquisas e um aumento gradual do interesse por smartwatches, ampliadores de ecrã, suportes para telemóveis e tablets, uma tendência cada vez mais crescente e transversal a todas as idades.
Em termos de perfil de compradores, as mulheres (65%) lideram a procura, na faixa etária compreendida entre os 30 e os 55 anos, que fazem pesquisas e compras de produtos para casa e cozinha, beleza e bem-estar e para bebés, enquanto que os homens (35%) se centram mais em produtos de desporto e de eletrónica.
“O e-commerce veio mesmo para ficar mas temos que estar atentos ao movimento do consumidor, sobretudo depois da abertura dos shoppings, pois desconhecemos a curva num prazo imediato”, conclui a mesma responsável.